O Grupo Martins, um dos maiores distribuidores da América Latina, concluiu em dezembro a segunda fase do projeto de substituição total dos notebooks utilizados por seus cinco mil vendedores por hand-helds, que vai proporcionar uma redução estimada de 70% nos gastos com manutenção dos aparelhos.
A troca – que demandou um investimento total de R$ 13,5 milhões nos últimos três anos – encerrou com investimentos do Grupo em tecnologia, que foi da ordem de R$ 40 milhões.
O diretor de tecnologia da empresa, Flávio Borges Martins, afirma ainda que além de visar à diminuição dos gastos com manutenção, o projeto está sendo realizado com o objetivo de trazer uma agilidade ainda maior ao trabalho da força de vendas.
?Como o índice de quebra chega a ser cinco vezes menor, utilizando hand-helds os nossos colaboradores não perdem tempo com questões técnicas ou até mesmo de outra natureza, como roubos, tendo em vista que notebooks são muito mais visados?, explica.
Segundo ele, pesquisas demonstram que a proporção dos índices de roubo dos dois aparelhos é de três para um. Além disso, a diferença na duração da bateria de cada um é considerável. Enquanto a bateria de um notebook dura cerca de quatro horas, a de um hand-held funciona até quatorze horas.
A terceira e conclusiva fase do projeto será realizada até maio, quando praticamente 100% da força de vendas do Grupo Martins contará com hand-helds para desenvolver o trabalho de campo.
A automação da força de vendas do Grupo Martins foi iniciada no final da década de 80 com a aquisição de notebooks, equipamentos muito pouco utilizados naquela época.
?Foi um processo necessário para a continuidade dos negócios do grupo. Para se ter uma idéia, hoje a força de vendas do grupo precisa enviar pedidos e atender a 230 mil clientes espalhados por todo o País?, comenta o diretor de Tecnologia. Ele enfatiza ainda que a base de dados de itens vendidos do grupo cresce o equivalente a 195 mil registros todos os dias.