A Qimonda, fabricante alemã de chips de memória, entrou com pedido de concordata nesta sexta-feira, 23, no tribunal de Munique para suas duas empresas: a Qimonda AG e a Qimonda Dresden OHG. O pedido de recuperação judicial da empresa reforça a grave crise pela qual passa a indústria de semicondutores no mundo, com empresas como Intel, AMD, Samsung apresentando resultados desfavoráveis devido à queda da demanda.
De acordo com a Quimonda, o objetivo com a concordata é reorganizar as empresas, que já desenvolvem programas de reestruturação.
O tribunal agora vai nomear um interventor para administrar a empresa durante o período de concordata. O conselho de administração da Qimonda pretende reestruturar as principais unidades empresariais no âmbito do regime da insolvência. "Queremos reposicionar a empresa para voltar a ter uma base sólida", disse Kin Wah Loh, presidente e CEO da Qimonda AG.
Segundo a companhia, o motivo do pedido de concordata foi a queda abrupta dos preços na indústria de chip de memória DRAM e a diminuição drástica das linhas de crédito no mercado de capitais, os quais levaram à deterioração da situação financeira da Qimonda nos últimos meses.
A empresa informou que negociava um empréstimo de 325 milhões de euros, que seria disponibilizado pelo governo do estado de Saxony, na Alemanha, em conjunto com a Infineon e uma instituição financeira de Portugal. Porém, o mesmo não pôde ser concluído a tempo de impedir o pedido de concordata, apesar de intensas negociações. O administrador temporário que comandará a empresa durante o período de concordata fará uma análise da situação da Qimonda nos próximos dias.
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