A fabricante de software de gestão empresarial Senior Sistemas fechou o ano passado com crescimento abaixo do esperado e agora projeta faturamento menor para este ano. A companhia esperava crescer 20% e faturar R$ 380 milhões, mas a expansão anunciada nesta quarta-feira, 23, foi de 16%, para R$ 362 milhões, contra R$ 208 milhões registrados em 2009.
Para este ano, a Senior estimava crescer 25% e faturar R$ 475 milhões, mas, com o resultado abaixo do previsto, a projeção também reduziu (veja mais informações em "links relacionados" abaixo). Agora, a empresa espera atingir faturamento de R$ 440 milhões, alta de 20%.
Durante a divulgação dos resultados, a Senior Sistemas também anunciou a conclusão da reestruturação de suas operações, que envolveu a fusão das cinco empresas do grupo em uma única companhia, denominada Senior Sistemas S.A., que tem 11 sócios e uma estrutura de conselho de administração. Antes, a Senior Sistemas era o conjunto de cinco empresas diferentes, cada uma com estrutura societário independente.
Com a fusão, conforme explica o presidente da empresa, Jorge Cenci, a companhia espera ampliar sua fatia do mercado nacional e aumentar a competitividade de suas operações. Ele não descarta a possibilidade de sair às compras, mas diz que só adquirirá empresas com soluções complementares às da Senior.
Cenci aponta que a empresa vai manter a estratégia de canais para atrair novos clientes e manter o ritmo de crescimento dentro do esperado. A empresa hoje conta com 106 canais de vendas espalhados por todo o Brasil, e no ano passado conquistou 490 novos clientes, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A região Nordeste, segundo Cenci, é onde a empresa mais cresce.
Mudança de marca
A Senior também anunciou um reposicionamento de sua marca para simbolizar a reestruturação pela qual passou nos últimos anos. A companhia abandonará a palavra Sistemas de seu nome e adotará o slogan "knowledge and belief" (conhecimento e crença, na tradução livre do inglês).
Apesar do lema em inglês, Cenci afirma que atuação no mercado externo não está nos planos da empresa neste ano. Ele conta que havia projetos estruturados em 2008 para ir para outros países da América Latina, mas com o estouro da crise financeira mundial os investimentos perderam sentido. Segundo o executivo, a atuação fora do Brasil será feita como sempre foi, por meio de canais que têm filiais em outros países.
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