Esta arquitetura em nuvens tem atraído cada vez mais a atenção dos grandes players do mercado de Tecnologia da Informação. Trata-se de um ambiente de computação baseado em uma ampla rede de servidores, físicos ou virtuais, em que é possível compartilhar ferramentas computacionais pela interligação destes sistemas. Muito em breve, a computação em nuvem deixará de ser uma tendência de mercado para se tornar uma realidade no mundo corporativo. O conceito representa uma grande oportunidade para os fornecedores de TI e uma ótima opção para inúmeras empresas.
Os benefícios proporcionados por cloud computing não atingem apenas as grandes corporações de TI com a otimização de recursos nos datacenters e enormes ganhos financeiros, mas, também, os usuários que terão a possibilidade de utilizar aplicações diretamente da Internet.
Imagine, então, a possibilidade de poder acessar determinadas aplicações independentemente do sistema operacional ou do hardware. Desta forma, o usuário não precisará se preocupar com manutenção, controle de segurança, procedimentos de backup, entre outros, que passarão a ficar a cargo do fornecedor do serviço.
Ao contrário do que estamos habituados, ao utilizar aplicações instaladas em nossos próprios PCs, uma rede em nuvem torna mais fácil o compartilhamento de informações e o trabalho colaborativo, que passarão a ser acessados de um único lugar.
Este tipo de arquitetura possui uma rede massiva de servidores físicos e virtuais , integrando recursos com disponibilização e aproveitamento máximo de infra-estrutura. A computação em nuvem elimina a ociosidade de alguns parques computacionais, proporcionando uma reorganização dos recursos já existentes.
Esta é, sem dúvida, a principal tecnologia do momento. Segundo o Gartner, em 2012, pelo menos 14% das infra-estruturas das companhias listadas na Fortune 1000 serão orientadas para cloud computing. Com este cenário, fica fácil compreender porque grandes corporações como Google e Amazon.com, por exemplo, estão voltando suas atenções para este mercado.
Assim como a comercialização de software como serviço (da sigla em inglês SaaS), em 2008, o conceito de cloud computing saiu da posição de coadjuvante para algo de grande relevância nas grandes, médias e pequenas empresas.
Um dos desafios que os CIOs enfrentarão com relação à adoção da computação em nuvem é a integração de informações, devido ao aumento da necessidade de se compartilhar dados entre aplicações locais e remotas.
No entanto, ainda existem algumas questões a serem esclarecidas e barreiras a serem vencidas para que o cloud computing consiga se expandir solidamente. Hoje, há uma grande disponibilidade para vender e capacidade ociosa a ser explorada nos datacenters, mas, como tornar, de fato, essa integração viável economicamente e estruturalmente? Quem irá ditar e gerenciar as regras? E em relação à segurança dos dados, como será garantida a confiabilidade das informações que serão transmitidas neste contexto ao se tornarem móveis?
Todas estas questões precisam ser mais debatidas e esclarecidas por todo o setor de TI. Os principais pontos que merecem atenção são: 1) Integração dos dados para envio das informações de um local a outro; 2) Garantia da qualidade e integridade do que é transmitido dentro de uma cloud; 3) Rastreabilidade, com o histórico de toda a movimentação dos dados, de forma que haja segurança com auditoria, compliance e governança.
Com todas estas questões controversas amplamente discutidas e resolvidas, aí sim, poderemos dizer que o mercado está preparado o suficiente e que o cloud computing irá decolar para as nuvens.
Delimar Assis é diretor técnico da Informatica Corporation