Varejo on-line passará por forte descentralização, indica estudo

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O comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 8,2 bilhões em 2008, o que significa um aumento de 30% se comparado com o ano anterior, segundo dados da consultoria de marketing on-line E-bit. O resultado, segundo a empresa, mostra que o mercado do e-commerce nacional continua em franca expansão, mas indica também que o segmento deva passar por uma mudança significativa: a descentralização das lojas no montante de vendas.
Levantamento comparativo do quarto trimestre do ano passado com igual período de 2007 revela que os dez maiores varejistas do mercado nacional perderam 3,2 pontos percentuais de participação no mercado, mesmo registrando forte crescimento em seus resultados individuais. Se considerado somente a participação do líder de mercado, a perda chega a 5,3 pontos percentuais de market share.
Para Pedro Guasti, diretor-geral da E-bit, o menor custo para implantação e divulgação on-line de uma loja aliado a maior oferta de ferramentas e fornecedores especializados em e-commerce são os principais responsáveis para a desconcentração do mercado de comércio eletrônico. "É possível encontrar dispositivos para segurança, crédito, propaganda on-line, logística e pós-venda com custos acessíveis, o que garante uma presença mais democrática das lojas."
Ao mesmo tempo em que os primeiros perdem terreno, os pequenos e médios varejistas registraram um crescimento de 6% na participação de mercado se comparado com os resultados do quarto trimestre de 2007 e 2008. Segundo Guasti, isso demonstra a maturidade do consumidor, já que ele deixou de se guiar somente por grifes e lojas de marca reconhecida e passou a buscar a melhor oferta e condição de venda por meio de vasta informação disponível de loja e produtos em sites de busca, comparação de preços e conteúdo colaborativo (web 2.0).
Ao que tudo indica, apesar de ainda pequena, a desconcentração do setor pode ser uma tendência, abrindo espaço e oportunidades para as PMEs investirem nesse setor. Para Guasti, chegou a vez dos pequenos, assim como acontece no mundo off-line no qual as 50 maiores empresas varejistas são responsáveis por mais de 58% do faturamento, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

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