Assespro quer estreitar relações comerciais entre empresas do Brasil e Índia

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Aproximar as empresas brasileiras de serviços de TI das companhias indianas é uma das metas da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) para este ano. A entidade vai trabalhar para que as fornecedoras indianas de outsourcing de TI passem a utilizar empresas brasileiras como parceiras na oferta de serviços para, por meio do uso de suas plataformas, atender clientes prioritários, como dos Estados Unidos, por exemplo, .
O vice-presidente da Assespro nacional e da Assespro-RJ, Raul Colcher, observa que a Índia, líder mundial na prestação de serviços terceirizados de TI, já tem cerca de meia dúzia de companhias fazendo negócios no Brasil, atraídas pelo mercado doméstico brasileiro.
"A Índia tem um setor de TI muito forte, mas todo orientado para fora, sobretudo para os Estados Unidos". A multinacional norte-americana IBM, por exemplo, tem 25% de sua força de trabalho na Índia, o que representa cerca de 90 mil empregados, informou o vice-presidente da Assespro.
Já o mercado doméstico do Brasil é o sétimo ou oitavo maior mercado internacional para TI. Colcher afirmou que os indianos veem o Brasil como um mercado doméstico importante e começam a enxergar possibilidades também na América Latina. "Eles querem, por meio da plataforma brasileira, fazer trabalhos para o mercado americano, utilizando o fato de estar a uma hora da Costa Leste dos Estados Unidos. Ou seja, usar o Brasil como uma ponte, complementarmente para soluções complexas, compostas com talentos brasileiros".
Ele avaliou que já estão se formando este ano oportunidades de cooperação entre empresas indianas e brasileiras de TI, por meio de fusões, aquisições e também de associações e projetos comuns, aproveitando o fato de o mercado nacional ser bastante desenvolvido e ter profissionais especializados.
"Essa é a motivação para fazer terceirização por meio de plataformas brasileiras". Colcher acredita que esse caminho começará a ser aprofundado agora. "Acho que vão sair muitos acordos", disse. Contatos serão intensificados daqui para a frente entre a Assespro e a Nasscom, entidade de TI da Índia, com essa finalidade.
A Nasscom congrega 1,3 mil empresas associadas, quase o mesmo número da Assespro (1,2 mil). A diferença, segundo Colcher, é a quantidade de pesos-pesados na Nasscom. "São grandes empresas que faturam bilhões de dólares por ano", acrescentou. Com informações da Agência Brasil.

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