Gerados a partir de algoritmos e com uma demanda crescente pelas empresas em aplicações como visão computacional, segmentação de dados e semântica, ambientes simulados em escala real, veículos aéreos não tripulados e robótica, geração de dados com qualidade e privacidade – como da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), deep learning e processamento de som e fala, por exemplo, os dados sintéticos se tornam cada vez mais relevantes no processo de geração de vantagem competitiva. Entretanto, o maior desafio é a produção de dados sintéticos que representem com alto grau de fidelidade os dados reais. Sem isso, não são úteis.
Para geração de dados sintéticos é realizada combinação de técnicas estatísticas e de redes neurais aplicadas em informações existentes ou adquiridas no mercado. Ao final do processo são realizados testes de qualidade para garantir a similaridade dos sintéticos com os reais.
Na prática, os dados sintéticos representam uma fortíssima vantagem competitiva para os negócios, seja na análise estratégica, no conhecimento de clientes, como também na redução de custos de compras de dados. Neste caso, tendem a ser adquiridos a um custo 100 vezes menor.
Segundo a pesquisa realizada pela consultoria americana McKinsey & Company, 73% dos consumidores preferem um atendimento personalizado. Empresas que contam com esse diferencial obtêm um resultado 10 vezes maior de vendas com relação aos seus concorrentes. Num momento em que os clientes cada vez mais demandam por multiexperiências, dados sintéticos são aliados especiais neste sentido, juntamente com a singularização e as realidades aumentada e virtual, gerando vantagem competitiva de relacionamento e comercial superior no mercado.
Outro levantamento divulgado no WebSummit de 2021 pelo Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, aponta que em 2030, 70% dos dados do mercado serão sintéticos. Já o estudo realizado pela PwC revela que a Inteligência Artificial (AI) poderá contribuir em mais de US$ 15,7 trilhões para a economia global até 2030.
A Inteligência artificial e os dados sintéticos podem e devem ser utilizados em empresas de diferentes segmentos e portes, especialmente as de médio porte, para serem mais assertivas no levantamento de informações sobre os consumidores, na relação com clientes e na otimização de negócios. Além disso, seu uso deve se expandir para áreas de grande porte em segmentos como Telecom, Varejo e Seguros pela alta demanda de dados e interação personalizada com clientes.
No caso de empresas de tecnologia como a Mobi2buy, pioneira no mercado brasileiro na geração e uso de dados sintéticos, esta inovação é usada com o objetivo de tornar as relações de negócios mais efetivas e empáticas com qualquer brasileiro e em qualquer segmento de negócios de nossos clientes.
A tendência é que o uso dos dados sintéticos esteja cada vez mais presente no cotidiano das organizações, oferecendo soluções simples para problemas até então complexos, com baixo custo, gerando vantagens competitivas de relacionamento e comercial.
Ricardo Villaça, CIO da Mobi2buy.