A cadeira do CIO: os novos desafios dos executivos de tecnologia

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Sem a tecnologia, nenhuma empresa é capaz de atingir seus objetivos. Desde a pandemia — quando foi necessário repensar a estrutura corporativa da noite para o dia —, observamos que, cada vez mais, os CIOs (Chief Information Officer) estão no centro das atenções: agora, a missão de ampliar e redirecionar os esforços para criar estratégias de negócios faz parte dos desafios da cadeira. Os executivos precisam gerar valor.

Foi-se o tempo em que os CIOs eram conhecidos e acionados apenas como os líderes da área de tecnologia. No board atual, é preciso que eles se sentem à mesa e alimentem a discussão estratégica com tendências inovadoras, com a priorização de iniciativas digitais e com a atração de talentos que saibam consumir a tecnologia disponível.

Recentemente, eu tenho me dedicado ativamente a entender mais sobre a persona — dificuldades, ambições, projetos e medos — do CIO, sempre compartilhando esse conhecimento com os que me cercam. Estou convencido de que essa é a única maneira de entregar resultados como parceiro de tecnologia. Nos próximos parágrafos, resumo um pouco do que venho aprendendo.

Tendências em tecnologia

Estamos passando por um momento de democratização da tecnologia, especialmente em razão da popularização do smartphone e seus inúmeros recursos. Além disso, a Inteligência Artificial está a cada dia ganhando mais espaço e se tornando acessível a todos. Tradução, escrita de textos e chatbots são alguns exemplos que não param de evoluir. 

Porém, os CIOs e toda a sociedade precisam sempre refletir sobre como essas novas tecnologias estão sendo consumidas. Qual é a utilidade delas? Qual valor elas geram para o negócio, a depender do segmento e da complexidade da operação? São ferramentas úteis ao crescimento e que facilitam o dia a dia?

Risco e oportunidade

A cibersegurança é uma grande oportunidade em tecnologia, porque é um risco enorme lidar com um mercado constantemente ameaçado por ataques. A área de segurança se sustenta ao longo do tempo. Ela sempre será necessária e é um pilar fundamental para o desenvolvimento e a continuidade de qualquer empresa. 

E os próprios empresários precisam estar cientes da necessidade de manter dados seguros, e sobre todos os procedimentos necessários para que isso aconteça. Também é papel do CIO atuar nessa frente, direcionando a cibersegurança como uma importante estratégia de negócio. 

Transformação digital

Estamos, sem dúvida, na era da industrialização tecnológica, o que proporciona o acesso à informação de uma maneira muito mais rápida. A transformação digital precisa estar em todos os setores das empresas, para automatizar e agilizar processos. Ela não tem mais volta e traz a tecnologia para o centro do debate: como consumir com responsabilidade para extrair dela o máximo benefício?

Desafios para 2023

Hoje, não existe venda se a empresa não tem conectividade, cloud, hiperconexões, com transações acontecendo em tempo real. A internet precisa estar em todos os lugares e deve proporcionar a convergência de dados para respostas rápidas e precisas. 

Aliado a isso, temos o formato de ecossistemas, que é uma verdadeira revolução dos negócios — além de um caminho sem volta. Investir neles é uma maneira inteligente de desenvolver plataformas e soluções poderosas e que gerem valor para empresas e consumidores. Cooperar para competir é o grande desafio. 

Diferenciais dos fornecedores de tecnologia

Quem fornece tecnologia deve investir em relacionamento com os seus clientes, atuando em parceria com os líderes de negócio. Os CIOs estão preparados para identificar riscos e demandas que vão além da Tecnologia da Informação. A área comercial das empresas pode contar com eles para articular projetos, demandas e ideias que sejam inovadoras. 

É ultrapassado olhar para o mundo dos negócios como se ele estivesse compartimentado em clientes, parceiros, concorrentes e fornecedores. Terá sucesso quem olhar essas personas atuando de maneira colaborativa, construindo parcerias que entreguem soluções e serviços mais eficientes para o consumidor. 

O isolamento não combina mais com o dinamismo dos negócios. E é isso o que demonstra as novas funções e habilidades que um CIO deve ter, das quais o time comercial das empresas parceiras pode extrair inúmeras possibilidades de parcerias, alianças e relacionamentos produtivos.  

Renato Montanari, Chief Growth Officer da Ativy.

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