Segurança cibernética: como integrar o fator humano à tecnologia e processos?

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A informação é o bem mais precioso para empresas e indivíduos, e vem se transformando cada vez mais na principal fonte para as tomadas de decisão, seja por meio de suas operações diárias, pelas transações de compra e venda ou pelos registros de atividades dos funcionários.

Com a informação sendo gerada por meios digitais, cabe à segurança cibernética determinar o que pode ser afetado, caso ocorram problemas relacionados a perda de acesso, roubo de dados, indisponibilidade de serviços, dentre outros eventos que podem interferir no funcionamento correto das atividades da empresa.

Diante deste cenário, é cada vez mais crucial garantir que as informações sejam coletadas, armazenadas, tratadas e distribuídas com processos e sistemas cujos riscos de acesso indevido, perda ou roubo sejam minimizados.

Segurança Cibernética não é mais opcional. É uma disciplina que precisa ser adotada em todas as empresas, de quaisquer segmentos ou tamanhos. Ignora-la significa desrespeitar seus funcionários, clientes e parceiros além de colocar em risco o seu negócio. E um incidente poderá ser suficiente para destruí-lo se não estiver preparado. E como integrar esta disciplina às operações de sua empresa e minimizar estes riscos?

Uma coisa é comprar e implantar tecnologias e ferramentas de segurança cibernética. Outra bem diferente é garantir que sua empresa esteja preparada para lidar com as ameaças mais avançadas de hoje. Para uma postura de segurança abrangente, você precisa levar em consideração tecnologia, processos e pessoas. "Pessoas" inclui atrair e reter talentos com as habilidades e conhecimentos de segurança necessários e treinar funcionários em segurança cibernética; "Processo" refere-se à identificação e resolução de lacunas em sua segurança, incluindo a garantia de conformidade; e "Tecnologia" é realmente implementar as ferramentas e produtos necessários para o sucesso de pessoas e processos.

As ferramentas tecnológicas protegem você até certo ponto, mas o fator humano é crucial para a segurança e a conformidade. Sem garantir que os processos e políticas corretas sejam definidas – e que as pessoas estejam alinhadas – a tecnologia pode ser inútil. Dentre os objetivos dos processos da segurança cibernética incluem-se delinear e arquitetar a visão e a estratégia do programa de segurança da informação da empresa; determinar a(s) estrutura(s) de segurança apropriada(s) com a qual a empresa deve cumprir; preparar orçamentos e recomendar (ou selecionar) produtos de segurança; avaliar a segurança, regulamentação e outros requisitos de conformidade; revisar políticas, padrões, processos e procedimentos; avaliar áreas de risco e preparar planos para mitigar esse risco. Também revisar os controles internos; realizar uma análise de lacunas; preparar um plano para abordar os resultados da análise de lacunas.

Para liderar essas iniciativas e prover às organizações as condições de realização um papel tem sido decisivo: o gestor de segurança da informação, muitas vezes reconhecido pela sigla em inglês CISO – chief Information security officer.  O papel do CISO é ser responsável pela segurança cibernética, de A até Z. Isso significa garantir que Tecnologia, Processos e Pessoas sejam otimizados.

Infelizmente, a maioria das empresas médias ou pequenas não podem arcar com um profissional como este em tempo integral e acabam recorrendo a profissionais de forma eventual ou fornecedores de ferramentas para conselhos ou atender a eventos ou situações pontuais. A mais comum destas é a execução de testes de intrusão, que avaliam de forma pontual a segurança de redes e computadores, simulando ataques de fontes maliciosas. Estes testes, embora necessários para identificar falhas e validar estratégias de segurança, não são suficientes para construir uma arquitetura de tecnologia resiliente por desenho a ataques cibernéticos.

Para enfrentar este desafio, uma nova tendência vem se desenvolvendo no sentido de uma prestação de serviços integrada, denominada CISO virtual, resultado da necessidade de apoiar o mercado de pequenas e médias empresas que enfrentam, tais como as grandes, ameaças cibernéticas cada vez mais complexas e regulamentações relacionadas à segurança cada vez mais rigorosas, como as fintechs ou healthtechs. O CISO virtual, com custos bem mais acessíveis, é implementado a partir de plataformas modeladas com base na experiência dos melhores CISOs do mundo – fornece serviços automatizados com IA que permite a consultores com a experiência e conhecimentos necessários, avaliar continuamente a postura de segurança cibernética, criar planos estratégicos de remediação e executá-los para reduzir riscos. Tudo de acordo com padrões bem definidos.

Se você ainda não conhece estes recursos, tem bastante literatura já disponível a esse respeito e alternativas para desenvolver uma arquitetura de segurança ao mesmo tempo acessível, mas efetiva e de acordo com a necessidade de seu negócio. O que você está esperando?

Enio Klein, influenciador e especialista em vendas, experiência do cliente e ambientes colaborativos com foco na melhoria do desempenho das empresas a partir do trabalho em equipe e colaboração. CEo da Doxa Advisers e professor de Pós-Graduação.

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