Profissionais de tecnologia da informação e coordenadores pedagógicos de escolas públicas estarão reunidos nesta segunda e terça-feira (23 e 24/4), em Brasília, para discutir sobre o uso da televisão, vídeo, rádio, informática e impressos em sala de aula. Ao final do encontro, eles apresentarão sugestões de aperfeiçoamento ao programa Mídias na Educação, criado pelo Ministério da Educação para capacitar profissionais a usar tecnologias da informação e da comunicação no ensino.
A diretora do Departamento de Produção e Capacitação em Programa de Educação a Distância do MEC, Leila Lopes de Medeiros, afirma que a idéia é romper com a forma tradicional de ensino, em que só professor ensina e o aluno observa o que é dito de forma passiva. ?A partir da exibição do programa é que se abre um tanto de atividades. Há uma co-autoria como estratégia de aprendizagem. Professor e aluno trocam de posição o tempo inteiro. É isso que dá a dinâmica ao processo. O aluno não fica lá escutando o professor. Ele tem a dizer, o professor também têm a dizer e os dois têm de pesquisar muito.?
Segundo a diretora, atualmente, 10 mil professores de todo o país estão participando da capacitação e cerca de 30 instituições de ensino superior contribuem com soluções de tecnologia para o programa. A capacitação está dividida em três níveis de certificação constituindo ciclos de estudo: o ciclo básico, de extensão, com 120 horas de duração; o intermediário, de aperfeiçoamento, com 180 horas; e o avançado, de especialização, com 360 horas.
Para o segundo semestre está em estudo uma nova versão do programa, com a previsão de que até mais 15 mil profissionais da educação sejam capacitados. O secretário de Educação Superior, Ronaldo Motta, diz que o objetivo é ampliar, gradualmente, o número de profissionais capacitados pelo programa. ?Idealmente podemos chegar a casa de milhões. Acredito que na educação pública básica brasileira não há nenhum professor que possa ser dispensado da oportunidade de ter acesso a um conjunto de elementos como esse.?
Em 2005, foi implementada a versão piloto, on-line, do Mídias na Educação para 1,2 mil potenciais multiplicadores e tutores de todos os estados brasileiros. No ano passado, entrou no ar a versão on-line do ciclo básico, com certificação em extensão, para 10 mil profissionais de educação básica do sistema público em todo o país.
Com informações da Agência Brasil.