Apesar de ter encerrado o primeiro trimestre deste ano com um bom resultado, a Texas Instruments viveu, nesta quinta-feira, 23, um de seus piores dias na bolsa eletrônica Nasdaq, depois de analistas rebaixarem as ações da empresa prevendo um fraco segundo trimestre.
A fabricante de chips para dispositivos móveis e eletroeletrônicos fechou o período de janeiro a março deste ano com lucro líquido de US$ 656 milhões, o que representa um crescimento de 35% em relação aos US$ 487 milhões registrados em igual período de 2014. Além disso, a receita cresceu 6%, na mesma base de comparação, passando de US$ 2,98 bilhões para US$ 3,15 bilhões.
Mesmo assim, as ações da Texas encerraram o pregão desta quinta-feira com queda de 6,83%, cotadas a US$ 54,72, e continuaram recuando no after-hours trading — negociação após o fechamento da Nasdaq —, atingindo o pico de baixa de 6,91%, valendo US$ 54,67, às 20h17 (no horário de Brasília), minutos antes do encerramento geral da bolsa.
A queda ocorreu após os papéis da empresa terem a recomendação alterada de "comprar" para "neutra" pelo Bank of America Merrill Lynch, que também rebaixou o preço-alvo da ação de US$ 62 para US$ 59. Além disso, os analistas reduziram as perspectivas de ganhos por ação da empresa de US$ 2,97 para US$ 2,68.
A Texas registrou desempenho mais fraco do que o esperado devido aos efeitos negativos da taxa de câmbio em moeda estrangeira e à baixa demanda por chips para equipamentos de infraestrutura sem fio e PCs. A empresa, porém, diz em seu informe de resultados que a perspectiva para o segundo trimestre deste ano é de receita da ordem de US$ 3,12 bilhões a US$ 3,38 bilhões e lucro por ação entre US$ 0,60 e US$ 0,70.
