O MySpace continua efrentando dificuldades para competir no mercado e reverter a queda de receita decorrente da crise econômica mundial. O site de relacionamento, pertencente ao grupo de mídia News Corp., confirmou nesta terça-feira, 23, que fechará quatro de suas operações fora dos Estados Unidos e demitirá entre 300 funcionários, o equivalente a praticamente dois terços da sua força de trabalho das operações internacionais.
Com isso, a empresa anunciou que reduzirá de 450 para 150 o seu número de empregados nas operações internacionais, mas não revelou as operações que serão encerradas.
Segundo a empresa, estes fechamentos fazem parte de um processo de reestruturação pelo qual passa a companhia neste momento. O movimento começou após a nomeação de Owen Van Natta, como CEO do MySpace.
Trata-se de uma nova rodada de cortes, já que o MySpace havia anunciado anteriormente que reduziria em 30% seu quadro de pessoal nos EUA, cerca de 420 pessoas. Com isso, no total, a empresa dispensará 720 empregados.
Os rumores no mercado são de que, entre as quatro operações que serão fechadas, o Brasil é forte candidato para ser uma delas, assim como Argentina e México.
Além de ter perdido participação expressiva no mercado americano para o Facebook, o MySpace também enfrenta quedas sucessivas na receita com publicidade e não tem conseguido competir com redes locais de alguns países, como na Alemanha. No Brasil, por exemplo, o site não emplacou para conseguir fazer frente ao Orkut, do Google.
De acordo com a analista da consultoria eMarketer, Karin von Abrams, a rede social não está em seu melhor momento de captação de novos usuários. A consultoria prevê que a receita do site com publicidade caia de US$ 605 milhões, registrados em 2008, para US$ 520 milhões neste ano, de acordo com informações do New York Times.
O concorrente Facebook, por sua vez, vive um bom momento nos negócios. Enquanto em 2008 a receita com publicidade chegou a US$ 250 milhões, as expectativas para este ano são de que os números cheguem a US$ 300 milhões. Dessas cifras, o mercado internacional será responsável por US$ 70 milhões, contra US$ 40 milhões no ano passado.
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