Nos Estados Unidos, grandes varejistas fecharam quase 7 mil pontos de venda em 2017, de acordo com a consultoria americana Coresight Research. O fechamento das lojas físicas para se investir no virtual recebeu o nome de "Efeito Amazon", gigante que ganha cada vez mais força. Segundo pesquisa realizada pela PwC com 22 mil pessoas em 27 países, 59% dos entrevistados realizam compras na Amazon. Desses, 27% afirma consumir menos em lojas físicas por causa de suas compras online.
No Brasil, as lojas vêm aos poucos trilhando o mesmo caminho. As vendas virtuais representam 4% do total de vendas no Brasil, mas o setor avança com velocidade, com uma alta de 8% em 2017. Enquanto isso, o varejo físico teve uma expansão de apenas 2% no país, segundo dados da pesquisa de mercado Ebit.
A loja virtual pode ser um ótimo negócio, mas muitas pessoas têm medo de entrar nesse universo devido a questões práticas sobre como montar um site ou desenvolver uma estratégia de SEO. Hoje encontramos diversos ERPs que já possuem uma estrutura pronta para e-commerce, facilitando muito o trabalho do empresário que não precisa criar um site do zero. Além disso, a solução já integra todas as vendas realizadas com os demais módulos do ERP, como estoque, fluxo de caixa e emissão de boletos.
O valor investido para se abrir uma loja física varia muito: depende do setor escolhido, local e tamanho do negócio. Um exercício simples para chegar a esse valor é colocar na ponta do lápis tudo o que você precisa para abrir uma empresa no Brasil e a isso somar os custos referentes ao espaço físico em si, como compra ou aluguel de um bom ponto comercial, vitrines, letreiros, araras, etc. Toda essa estrutura tem um preço. Já para uma loja virtual, existem estratégias – principalmente para as PMEs – que diminuem consideravelmente seus custos fixos para manter a loja aberta.
Outra grande vantagem da loja virtual já integrada ao ERP é a possibilidade de participar de um marketplace. Grandes empresas como Mercado Livre, Submarino e Lojas Americanas possuem um sistema que pode ser integrado ao ERP e permite que o pequeno lojista esteja presente nas maiores vitrines virtuais do Brasil. Para se ter uma noção, a nova modalidade teve um faturamento de R$73 bilhões em 2017, segundo a Ebit. A confiança que uma grande marca passa para o consumidor e o baixo custo para o usuário podem ser apontadas como alguns dos motivos para esse crescimento.
Os novos modelos de vendas virtuais são apenas um reflexo do estilo de vida do novo consumidor. Na hora da compra, ele não vai mais para o shopping: ele pesquisa primeiro na Internet. As lojas online podem ter um baixo custo e ainda serem integradas ao seu ERP, o que praticamente elimina a necessidade de programação de um site específico. Essa é uma possibilidade que precisa estar presente nas pequenas e médias empresas para impulsionar nossa economia e ajudar nosso país a crescer.
Robinson Idalgo, fundador da SoftUp.