Compra da McAfee amplia mercado para a Intel, diz analista

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A aquisição da produtora de software antivírus McAfee pela Intel, por cerca de US$ 7,7 bilhões, anunciada na quinta-feira, 19, é parte da estratégia da fabricante de chip para expandir a atuação no mercado e obter novas fontes de geração de receita. E um das investidas com a nova empresa deve ser nos segmentos de computação em nuvem e mobilidade, de acordo com o analista de software da IDC, Samuel Carvalho.
Apesar de ter sido surpreendente para o setor de tecnologia, ele diz que o negócio faz todo sentido para a estratégia de crescimento da Intel. Um dos motivos é o fato de a McAfee ter soluções que se aplicam muito bem ao mercado de computação em nuvem, que será um dos que mais vai crescer nos próximos anos.
Além disso, a fornecedora de software de segurança tem presença importante no segmento de mobilidade, o que completa a estratégia da Intel, que retomou o desenvolvimento de processadores para smartphones e outros dispositivos móveis, como os tablete PCs, a partir do seu chip Atom. Dessa forma, as ofertas de segurança móvel terão grande apelo ness novo cenário da TI.
Carvalho avalia que o mercado de segurança é um dos que têm grande potencial de expansão, principalmente no que se diz respeito ao cloud computing. A liderança absoluta da Intel no mercado de processadores para PCs e servidores, que abria poucas oportunidades de expansão dos negócios, também foi um ponto que motivou a compra.
"A Intel não tinha muitas opções para ampliar os negócios. Esse passo representa um pé da empresa no segmento de segurança, principalmente quando se fala de cloud computing e virtualização no longo prazo", analisa ele, frisando que uma solução possível é a Intel acrescentar a questão de segurança já na camada do processador.
O analista da IDC acha que isso pode representar uma estratégia da Intel para crescer agregando funcionalidades de software aos seus produtos. Por esse motivo, Carvalho observa que a fabricante deve seguir com mais algumas aquisições nessa linha de negócios. "Ela está estruturando uma área de software, e deve manter essa estratégia de aquisições e possivelmente no que se refere a empresas de cloud computing. Faz todo sentido ela adquirir empresas de software e ligadas a computação em nuvem."
O analista da IDC pondera que no curto espaço de tempo essa aquisição não deve trazer alterações relevantes no mercado de software de segurança. "A princípio talvez não mude muita coisa no modelo de comercialização de soluções de segurança. Mas no longo prazo pode surgir uma nova maneira de vender segurança", analisa Carvalho.

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