NEC quer aumentar receita na AL para US$ 5 bilhões em dez anos

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Como parte de seu planejamento estratégico para os próximos dez anos, a NEC estabeleceu como meta aumentar a receita na América Latina para US$ 5 bilhões. A empresa, que ampliou o foco de atuação nos últimos anos, passando a fornecer, além de equipamentos de telecomunicações, serviços de integração para empresas e para o setor público, obteve receita líquida de US$ 500 milhões no ano passado na região. Deste total, cerca de US$ 250 milhões vieram da NEC do Brasil, participação que, segundo o CEO da subsidiária brasileira, Herberto Yamamuro, deve se manter neste ano.
Para atingir a meta em 2017, o executivo explica que a empresa vai atuar em duas frentes. A primeira será o investimento em inovação. Hoje, segundo Yamamuro, a NEC investe 7% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento, cerca de US$ 13 bilhões ao ano. Além disso, ele adianta que a empresa pretende explorar outras áreas além de tecnologia da informação e comunicações (TICs), todas envolvendo tecnologia de ponta para explorar o mercado crescente com o desenvolvimento do país.
"O DNA da NEC sempre foi o setor de infraestrutura, onde temos atuação histórica no Brasil. Dentro desse ciclo, iremos trazer alguns produtos que ponta que já existem em países como Coreia e Japão", adianta Yamamuro. O executivo cita como exemplo novas aplicações de tecnologias existentes, como baterias de lítio-íon, que hoje são utilizadas em celulares. O produto foi incorporado em um carro totalmente elétrico em parceria com a Nissan, a fim de explorar o uso de energia limpa.
Yamamuro destaca também o setor de software de gerenciamento, que colocou a NEC em um projeto conjunto com outras empresas e os governos do Japão e do Rio de Janeiro para melhor os sistemas de transporte da capital fluminense. Subsidiada por um fundo de investimento japonês, o projeto piloto equipou táxis da cidade com um sistema integrado de GPS que monitora o tráfego e traça rotas alternativas, a fim de aumentar a fluidez do trânsito. Ainda em fase de análises, a expectativa é que o projeto seja implantado definitivamente até os Jogos Olímpicos de 2016. "Todos os aparelhos foram integrados pelo software da NEC, que interpreta dados vindos das mais diversas fontes, tecnologia que já existe no Japão", explica.
Yamamuro ressalta, porém, que o setor de infraestrutura não será ignorado. Segundo ele, a infraestrutura das redes de telefonia no Brasil é crítica, já que é suficiente para atender a demanda atual, mas não está preparada para suportar o aumento de aparelhos de celulares no país. A ideia, diz o CEO da NEC Brasil, é implantar no país sistemas de ponta já existentes no Japão. Ele destaca a redução do tempo para o desembarque de novas tecnologias no Brasil ao longo dos anos. "Há uns 15 anos, esperávamos mais de cinco anos para ter aqui infraestruturas de redes japonesas. Hoje, podemos considerar que este prazo caiu para três ou quatro anos, se tomarmos como exemplo as redes de telefonia."

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