As empresas brasileiras já emitiram cerca de 31 milhões de notas fiscais eletrônicas (NF-e), movimentando cifra de R$ 648,54 bilhões, segundo o Portal Nacional de Nota Fiscal Eletrônica. Deste montante, somente o Rio Grande do Sul foi responsável pela geração de R$ 120 bilhões em suas transações com outros 12 estados.
O uso da NF-e do Rio Grande do Sul foi impulsionado pelos investimentos em tecnologia realizados pela Secretaria da Fazenda gaúcha e pela Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs), as quais disponibilizaram seu sistema para que outros estados possam ampliar ainda mais a utilização de notas eletrônicas por meio da Sefaz Virtual do Rio Grande do Sul.
"Esse sistema é um exemplo de ação integrada dos estados que trará benefícios para todo o país. Tanto as empresas quanto os estados saem ganhando", avalia o secretário da Fazenda, Aod Cunha de Moraes Junior. Segundo o diretor da Receita Estadual, Júlio César Grazziotin, os 12 estados integrantes da Sefaz Virtual gaúcha possuem juntos mais de 2 mil empresas sujeitas à obrigatoriedade da NF-e e já emitiram 3,7 milhões de notas em ambiente de produção.
De acordo com o supervisor de informática da Secretaria da Fazenda, Ricardo Neves Pereira, foram investidos mais de R$ 7 milhões no sistema, com recursos do Ministério da Fazenda, em equipamentos de informática para montar a infra-estrutura de autorização e recepção das NF-e, e outros R$ 5 milhões com recursos do estado, para o desenvolvimento do sistema.
Além de emitir suas próprias notas, o Rio Grande do Sul tem beneficiado os estados do Acre, Amazonas, Rio de Janeiro, Amapá, Mato Grosso do Sul, da Paraíba, de Alagoas, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e Rondônia, signatários de um protocolo com a Secretaria da Fazenda gaúcha.
Desde abril, com o início da obrigatoriedade para os setores de cigarros e combustíveis, somente o Rio Grande do Sul autorizou o uso de 4,8 milhões de notas, totalizando mais de R$ 77 bilhões em operações de cerca de 400 empresas. Para o mês de dezembro, está prevista a inclusão na obrigatoriedade dos setores de carnes e frigoríficos, de fabricação de veículos, de cimento, de aço, de bebidas e comércio de energia elétrica com contratação livre. Com esses novos setores, o número de empresas chegará a 3 mil apenas no Ri Grande do Sul.