A segurança cibernética ainda é um grande desafio para os negócios, e este tópico continua presente nas reuniões quase que diariamente. Afinal, atualmente, as ameaças à segurança de qualquer empresa se tornaram mais sofisticadas, perigosas e persistentes, requerendo uma resposta conjunta e coordenada, integrando todas as ferramentas voltadas para a área.
No último ano, o Gartner realizou uma pesquisa com o seu próprio Conselho de Administração, chegando à constatação de que, em comparação com os números em 2016, a porcentagem de pessoas que reconheceram o impacto que um incidente de segurança cibernética tem aumentou de 58% para 88%.
Mas por que isso acontece? Casos como a queda do Datasus – que infligiu ao Brasil um apagão de dados, deixando o país no escuro sobre a pandemia por mais de 1 mês, ou dos inúmeros vazamentos de dados que ocorreram no último ano, como no caso das operadoras de telefonia, recentemente, mostram que existe uma brecha para que isso aconteça: todos nós estamos conectados.
Portanto, o tema seguirá como prioridade para as empresas nos próximos anos, uma vez que a constante evolução da tecnologia traz novas ameaças e, consequentemente, a necessidade de novas ferramentas para combatê-las. Um estudo divulgado pelo Allianz Risk Barometer aponta que os incidentes no ambiente virtual são considerados os principais riscos que as empresas correm, atualmente.
À medida que o modo de trabalho é alterado, as empresas precisam investir ainda mais em produtos e serviços voltados para a cibersegurança.
A mudança provocada principalmente pela pandemia de COVID-19 é outro fator que deve ser considerado. Com ela, as vulnerabilidades ultrapassam a barreira do firewall corporativo, trazendo diversos e potencialmente perigosos problemas de segurança.
A transformação digital tem um papel fundamental na segurança cibernética. Por quê? Uma razão para isso é o aumento da frequência dos ataques efetuados. Um estudo realizado pela Check Point Research revelou que, em média, as companhias no Brasil foram atacadas, semanalmente, 1.540 vezes no segundo trimestre de 2022 – um aumento de 46% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Um dos grandes desafios que as companhias têm atualmente é no desenvolvimento de mecanismos que sejam resistentes a esses ataques, visto que eles também estão cada vez mais elaborados, deixando as organizações mais vulneráveis.
E muitos fatores, não só tecnológicos, podem mudar a forma como as organizações trabalham. Por isso, é fundamental que estas estejam atualizadas no contexto da inovação sobre as mais diversas soluções existentes.
Por um lado, nenhuma organização será 100% segura. Mas por outro, você pode controlar o que deve ser priorizado. Estar atento ao aumento frequente dos ataques é essencial. Para isso, as organizações precisarão trabalhar no desenvolvimento de inciativas que busquem a proteção virtual das empresas, renovando a conversa sobre resiliência cibernética. Não só isso, estar preparado para capacitar o time é fundamental, pois cibersegurança não se trata apenas de prevenção, mas sim de trabalhar todo o ecossistema em prol da operação.
Nós não podemos controlar a frequência ou forma dos ataques, mas podemos evoluir a nossa filosofia, pensamento e nosso programa para dentro da estratégia, transformando-o em um sistema cada vez mais robusto e confiável para todos.
Ricardo Ferreira, VP & General Manager da DXC para a América Latina.