Após concluir o processo de separação (spin off) da Teradata, no início deste mês, a NCR passa agora a se concentrar totalmente no fornecimento de soluções de auto-atendimento, voltadas para os mercados de varejo, finanças, viagens, saúde, hotelaria, entretenimento e o setor público. Com a separação, a companhia ajustou também seu faturamento mundial, que fica em US$ 4,7 bilhões, e passou a contar com 21 mil funcionários em todo o mundo.
?Pessoas do mundo todo estão se adaptando a realidade do universo self service. Cerca 80% das transações financeiras realizadas hoje em bancos são feitas em canais alternativos, tais como internet, call center e ATMs. Destas, mais da metade tem origem nos caixas eletrônicos?, explica Elias Rogério Silva, presidente da NCR do Brasil, ressaltando também que existe no mundo 1,7 milhão de máquinas de auto-atendimento em bancos.
Com base nesse cenário, o executivo diz que a NCR estará focada em ?fornecer soluções inovadoras que estimulam os consumidores a utilizar os serviços de auto-atendimento por meio de caixas eletrônicos (ATMs), web quiosques, self checkouts, entre outros equipamento que tornam mais ágil as operações em bancos, aeroportos, cinemas, clínicas médicas, supermercados, entre outros estabelecimentos?.
A NCR, segundo Silva, também focará na oferta de novos produtos que visam facilitar o dia-a-dia do consumidor. Ele ressalta que somente em pesquisa e desenvolvimento, a NCR investe por ano cerca de US$ 150 milhões. ?A cada novo lançamento, a área de pesquisa vai a campo para estudar as necessidades dos consumidores durante a sua utilização das máquinas, considerando dificuldades e anseios?, explica.
O executivo diz que a filial brasileira também sentirá os efeitos desse novo posicionamento. O Brasil, segundo ele, ocupa a terceira posição no ranking dos países com maior potencial de compra para máquinas de auto-atendimento. Hoje, apenas no segmento financeiro existem cerca de 160 mil ATMs.
O primeiro passo, em decorrência das mudanças, será a transferência da subsidiária da empresa para um prédio localizado na região da Avenida Paulista, na capital paulista. ?Até o fim deste ano, ocuparemos um escritório mais moderno, com infra-estrutura de última linha, acomodando os 300 funcionários da filial brasileira?, acrescenta Izabel Pinto, diretora de marketing para a América Latina e Caribe da NCR. Além disso, ela diz que está em estudo novas mudanças na comunicação e na marca da empresa.
A NCR prevê um aumento de 40% nas operações da companhia na América Latina. ?No primeiro semestre do ano, a filial brasileira já comercializou mais de 70% do que foi negociado em todo o ano anterior?, afirma o presidente da empresa no país. Ainda de acordo com Silva, neste ano, a região teve o melhor desempenho desde que foram iniciadas operações da empresa no mercado latino-americano e o Brasil participou ativamente para esse resultado. Ele diz que sete dos dez maiores bancos brasileiros, entre eles, TecBan, HSBC, Citibank, ABN Amro Banco Real, são clientes da NCR. Empresas de varejo também fazem parte da base de clientes da empresa. São companhias de peso como McDonald's, Macro, Pão de Açúcar, Wall-Mart, entre outros.
?Nosso desafio para os próximos anos é expandir o reconhecimento que a NCR já tem no mercado de auto-atendimento bancário para as demais verticais da indústria?, afirma Silva, ressaltando que nos Estados Unidos, por exemplo, já são clientes das soluções de auto-atendimento da NCR companhias aéreas (Delta Air Lines), empresas de aluguel (Hertz), clínicas médicas (Cleveland Clinic), empresas do varejo (Wal-Mart, Tesco), entretenimento (Disney), entre outras.