Quatro meses após ter recebido um aporte de capital de US$ 53 milhões de um grupo de investidores de risco capitaneados pela Bain Capital Ventures, o LinkedIn, maior rede social on-line destinada ao relacionamento profissional, anunciou nesta quinta-feira, 23, um novo financiamento valor de US$ 22,7 milhões. Agora, de acordo com analistas de mercado, a empresa terá de provar que vale os R $ 102,7 milhões recebidos em aportes de investidores até o momento.
Desta vez, os fundos foram provenientes dos novos investidores como a Goldman, Sachs & Co., McGraw-Hill e SAP Ventures, exceto o Bessemer Venture Partners, investidor que já havia efetuado aporte na empresa. Com o novo subsídio, o valor de mercado da empresa permanece na casa de US$ 1 bilhão (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
"De todas as loucas valorizações e todos os loucos negócios, o LinkedIn destaca-se por ser uma empresa que realmente merece uma valorização US$ 1 bilhão", disse Tom Taulli, fundador do BizEquity, uma startup da Filadélfia (EUA) que fornece ferramentas on-line para ajudar as empresas a determinar o valor de seus negócios. "Mesmo em tempos duros como os atuais, os investidores estão dispostos a investir em negócios de qualidade", disse ele ao site The Deal.com, especializado em negócios na área de tecnologia.
Taulli observou ainda que, ao contrário de outras redes sociais, o LinkedIn tem sido bem- sucedido em obter receitas e que a empresa já é rentável.
Jonathan Yarmis, diretor de pesquisas AMR Research, também é da opinião que o LinkedIn justifica a sua valorização, e cita o investimento de US$ 15 bilhões recebido pelo Facebook da Microsoft, outubro do ano passado. No entanto, ele disse que o LinkedIn e outras redes sociais terão de encontrar ainda mais fontes de receitas para provar o seu valor.
Em um blog no site do LinkedIn, o CEO Dan Nye disse que o financiamento permitirá que a empresa crie serviços adicionais para os profissionais se conectarem e colaborarem de forma mais eficaz. Com mais de 30 milhões de usuários registrados e com parcerias estabelecidas com grandes gurpos de mídia, como o New York Times, CNBC e BusinessWeek, o LinkedIn deve alargar o fosso existente em relação a redes sociais concorrentes, voltadas para profissionais, como Plaxo.
O novo aporte também deverá ajudar não só a empresa a enfrentar a atual crise econômica, mas talvez fazer com que os demais sites rivais se "dobrem" a ele, na medida em que procura consolidar a sua liderança e expandir a sua oferta.