As vendas da Ericsson no Brasil subiram, tornando o País o quinto maior mercado em vendas para a companhia. No terceiro trimestre de 2018, o lucro líquido global da empresa foi de 2,7 bilhões de coroas suecas (US$ 302 milhões). Desse valor, 4% foram em Vendas no Brasil.
O presidente da subsidiária, Eduardo Ricotta, explica que as vendas da companhia no Brasil subiram devido ao avanço da virtualização de serviços de atendimento ao consumidor pelas operadoras de telecomunicações e à demanda por equipamentos de redes e plataformas de análise de dados.
A companhia também vem investindo fortemente na tecnologia 5G para impulsionar seus resultados. Desde março do ano passado, todas as estações rádiobase entregues para as redes móveis de operadoras no Brasil e na América Latina – cerca de 130 mil ao todo – são "5G Ready", isto é, equipamentos que operam na tecnologia 4G, mas que já estão prontos para operarem em 5G quando a frequência for liberada no País, necessitando apenas de uma atualização de software, otimizando assim os recursos e investimentos das operadoras.
Segundo Eduardo Ricotta, "o 5G é, ao mesmo tempo, uma evolução do que conhecemos hoje e uma revolução completa da digitalização, já que proporcionará que os celulares e dispositivos sejam muito mais conectados, muito mais rápidos. Mas, quando projetamos os avanços proporcionados pelo 5G, estamos falando também de avanços significativos em IoT (Internet das Coisas) e de como essa aplicação, que já é uma realidade atualmente, atuará como vetor de crescimento de todas as operadoras do mercado. Um estudo realizado pela Ericsson demonstrou que, em 5 anos, a receita das operadoras que investirem em IoT será 36% maior do que as que não fizerem esse investimento".
Para ele, a combinação de 5G e IoT ampliará muito o potencial de digitalização da economia. "O 5G será a pedra fundamental da digitalização de todos os setores. Carros autônomos, casas totalmente conectadas e Smart Cities, num cenário em que a industria 4.0, agropecuária, transportes, mídia, saúde, educação, segurança e outros serviços serão inteligentes, conectados, confiáveis e eficientes. Nesse processo de transformação digital, a virtualização do core é indispensável para as operadoras e é como estamos preparando nossos clientes para o 5G, já que é ela que permite a criação de múltiplas arquiteturas simultâneas para a geração dos novos serviços".
Com 140 anos de vida e mais de 90 anos de operação no Brasil, a Ericsson é uma das principais fornecedoras de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para provedores de serviços, com cerca de 40% do tráfego móvel do mundo, 50% no Brasil e 98% em São Paulo realizados por meio de suas redes. Para 2019, a empresa planeja a instalação de uma nova linha de montagens no Brasil na fábrica localizada em São José dos Campos/SP – uma das quatro plantas que a Ericsson tem no mundo. O novo aporte reflete a aposta da empresa no País.