Em um cenário onde a inteligência artificial (IA) e a cibersegurança estão cada vez mais interligadas, as soluções de visibilidade de rede e segurança ganham cada vez mais importância, tendo em vista os inúmeros de desafios de ataques que crescem exponencialmente.
Geraldo Guazzelli, Diretor Geral da NETSCOUT Brasil, empresa global com sede nos EUA e cotada na Nasdaq, destaca a importância da IA – Inteligência Artificial ??como uma ferramenta essencial de cibersegurança, mas também alerta sobre os desafios e cuidados necessários ao utilizá-la.
"A inteligência artificial é um jargão muito bonito, todo mundo gosta, mas precisamos tomar cuidado para não ser mais do mesmo", comenta Guazzelli. Ele ressalta que, embora o mundo digital dependa cada vez mais de IA e aprendizado de máquina, o uso excessivo dessas tecnologias pode gerar um consumo desnecessário de recursos e energia. "O grande diferencial da NETSCOUT é fornecer dados de forma analítica e otimizada, com o consumo de hardware e energia que a IA exige".
A NETSCOUT, segundo Guazzelli, desenvolveu um protocolo próprio que permite capturar e analisar pacotes de dados em qualquer ambiente digital, seja em nuvem, data centers ou redes locais. Essa capacidade de visibilidade é fundamental em um mundo sem fronteiras na internet, onde ataques cibernéticos podem ocorrer a qualquer momento e em qualquer lugar. "Hoje, enxergamos mais de 50% do tráfego global da Internet através de associações com operadoras e provedores de serviços de internet (ISPs)", afirma. Com isso, a empresa consegue detectar anomalias e acidentes maliciosos, oferecendo soluções rápidas para mitigar riscos.
Além de trabalhar com inteligência artificial e machine learning para analisar esses dados, a NETSCOUT se destaca por fornecer essas informações de forma agnóstica, ou seja, para qualquer sistema ou aplicação de terceiros. "Esse é o nosso grande valor. Entregamos pacotes válidos de forma analítica, sem importar o sistema final que irá utilizá-los", detalha.
Expansão
Guazzelli ressalta a importância do ecossistema de parceiros da empresa. "A NETSCOUT opera por meio de distribuidores e integradores, um modelo que permite escalabilidade e abrangência. Nós somos, no máximo, o cérebro da solução. Quem faz o trabalho de campo são os nossos integradores e distribuidores, que são os nossos sentidos. Eles identificam onde cinco estão as dores dos clientes e como soluções nossas podem gerar resultados práticos",
No Brasil, a NETSCOUT possui dois distribuidores e cerca de 15 integradores, cobrindo todo o território nacional. Para Guazzelli, esse modelo de parceria é fundamental para o crescimento da empresa e para levar suas soluções a um número maior de organizações, especialmente em setores que exigem alta visibilidade e segurança, como telecomunicações, bancos, governo e saúde. "Estamos também expandindo para setores como utilities, indústria e saúde, que têm uma demanda crescente por soluções de cibersegurança", diz.
A expansão para a América Latina é outra prioridade da NETSCOUT, com foco no fortalecimento de canais no México e no Brasil. A empresa também possui presença no Peru, Colômbia, Argentina, Chile e no Caribe.
Para comandar essa expansão, a empresa contratou Enrique Martinez, como diretor regional de Canais da NETSCOUT para América Latina e Caribe, com ênfase no mercado de provedores de NOC e de SOC, onde as operações de segurança integrada agregam um valor imenso principalmente para PMEs, que geralmente não têm capacidade para montar uma área de tecnologia de cibersegurança internamente.
Por fim, Guazzelli reforça a importância de mudar a mentalidade sobre a venda de tecnologia, que hoje vai além da simples comercialização de soluções. "Temos que vender serviços, com a tecnologia sendo um meio para atingir esse fim. O mercado está mudando, e as empresas precisam de soluções que não apenas resolvam problemas técnicos, mas que evitem indisponibilidade, ataques e prejuízos financeiros", conclui.
