O cloud computing oferece uma série de vantagens que o tornam interessante para as empresas, como escalabilidade sob demanda, redução de custos de infraestrutura, flexibilidade, agilidade e a possibilidade de acessar tecnologias avançadas como inteligência artificial, big data e análise preditiva. Esses benefícios tornam a migração para a nuvem uma escolha estratégica para muitas organizações que buscam se manter competitivas no mercado.
A receita mundial do mercado de serviços de nuvem pública totalizou US$ 669,2 bilhões no ano civil de 2023, um aumento de 19,9% em comparação com 2022, de acordo com novos dados do estudo Worldwide Semiannual Public Cloud Services Tracker da IDC. Grandes empresas e startups de todas as indústrias têm adotado soluções baseadas na nuvem para suportar suas operações, especialmente em uma era pós-pandemia, onde o trabalho remoto e a colaboração digital se tornaram imprescindíveis.
Se por um lado a adoção de cloud oferece a promessa de redução de custos e maior eficiência, por outro, ela também exige uma aplicação contínua em serviços, treinamento de pessoal e gestão da nuvem. A pesquisa "Gartner CIO and Technology 2025", realizada pela empresa de consultoria Gartner, Inc, aponta que os orçamentos de TI para os CIOs (Chief Information Officers) no Brasil devem aumentar 6,6% em 2025.
No entanto, o estudo completa que se por um lado os CIOs veem a TI como boa fonte para investimentos, alguns setores terão que reduzir gastos. Essas áreas incluem infraestrutura legada e tecnologias de data center (22%), em primeiro lugar. Em segundo lugar, quem receberá menos aportes será o segmento de tecnologia de computação de próxima geração (14%).
Algumas empresas, especialmente as que já possuem uma infraestrutura de TI bem estabelecida, podem não sentir a urgência de migrar para a nuvem. Para essas organizações, a otimização dos sistemas existentes pode parecer mais vantajosa do que apostar em novos investimentos. A resistência à mudança é um fator que pode retardar a adoção dessas soluções, especialmente se os sistemas legados ainda atenderem às necessidades operacionais.
A tendência crescente em direção a modelos que combinam soluções em nuvem e também contribui para a desaceleração dos investimentos em cloud. Muitas empresas estão adotando uma abordagem mais equilibrada, preferindo manter parte de suas operações em ambientes locais, enquanto experimentam esse modelo em uma capacidade limitada. Isso resulta em um gasto mais disperso e menos direcionado para soluções puramente em nuvem.
Embora a nuvem continue a oferecer oportunidades significativas, as organizações estão, compreensivelmente, adotando uma postura mais conservadora, avaliando cuidadosamente cada passo em sua jornada digital. Para navegar nesse cenário, é essencial que os líderes de TI adotem uma visão holística, levando em consideração tanto as necessidades imediatas quanto as oportunidades futuras.
Paulo Lima, CEO da Skymail.