A UB Sistemas, em consórcio com a Prodacon, venceu concorrência para desenvolvimento de sistema de risco operacional para o ABN Amro Real, software capaz de atender aos requisitos do acordo Basiléia II, que fixou normas para a operação dos bancos em âmbito internacional. O valor do contrato não foi revelado.
A software house, que disputou com outras nove empresas, entre companhias nacionais e internacionais, já iniciou os trabalhos e têm prazo de dez meses para concluir o sistema, que estará acessível a todos os gestores de risco operacional do banco no país e gerará informações para o sistema corporativo da matriz, sediada em Amsterdã, na Holanda.
O diretor executivo da UB Sistemas, Othederaldo de Araújo Silva Júnior, diz que esse é um dos mais relevantes projetos de risco operacional do país e que a empresa foi escolhida ?devido à sua especialização nos assuntos risco operacional e Basiléia II. ?A isso, somou-se a qualidade do nosso projeto, que se equipara ao sistema mundial do ABN Amro Bank.?
O sistema será desenvolvido em Java e com banco de dados Oracle e incluirá funcionalidades para cadastramento de processos, identificação dos riscos operacionais, qualificação de riscos e controles, instrumentos de RSA (Risk Self Assessment, ou auto-avaliação de riscos), registro de perdas esperadas e imprevistas, indicadores-chave de risco, tudo em conformidade com o acordo da Basiléia.
Para Silva Júnior, o risco operacional é item que requer cuidado pela complexidade e por ser algo novo e em fase inicial de aplicação. ?Existem três metodologias para o cálculo desse risco: básica, padronizada e avançada. É nesta última metodologia, entretanto, que residem os maiores desafios e onde podem ser obtidos benefícios significativos na redução da alocação de capital para cobertura de perdas por falhas.?