O avanço da telefonia celular no Brasil no ano passado levou o país a se tornar líder na América Latina em serviços de telefonia, englobando tanto a fixa quanto a móvel, e subir várias posições no ranking mundial, segundo estudo realizado pela everis, consultoria de soluções de negócios e tecnologia da informação.
De acordo com a pesquisa, que reúne dados de 49 países, o Brasil encerrou 2008 com 41,1 milhões de linhas fixas, ocupando o 6º lugar mundial, e 150,6 milhões de linhas de telefonia móvel, ficando no 5º posto global. Isso fez com que o país figurasse como o maior em número de linhas telefônicas ativas na América Latina e o 5º no mundo, com um total de 191,7 milhões de linhas no fim de 2008, o equivalente a 4,4% do total mundial.
O primeiro lugar no ranking de linhas telefônicas é ocupado pela China, com 999,6 milhões de linhas, seguida por Estados Unidos, com 421,8 milhões, Índia, com 384,8 milhões e Rússia, com 232,1 milhões.
No fim de 2008, havia mais de 3.212 bilhões de linhas telefônicas móveis no mundo, um aumento de 18,5% em relação ao ano interior. A China é o país com mais linhas móveis, com 634 milhões, seguida pela Índia (346,9 milhões), Estados Unidos (270,5 milhões) e Rússia (187,5 milhões).
Entre os países latino-americanos, Uruguai, Peru e Colômbia foram os que tiveram maior expansão no período de 2004 a 2008, com crescimento médio anual de 55,5%, 50,4% e 41,2, respectivamente.
A China também ocupa o primeiro lugar no ranking da telefonia fixa, com 365,6 milhões de linhas, o que significa dizer que uma em cada três linhas fixas no mundo está naquele país. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, com 151,3 milhões de linhas fixas, seguidos por Alemanha, com 51,5 milhões, Japão, com 48,4 milhões e Rússia, com 44,6 milhões.
A pesquisa mostra também que, no período compreendido entre 2004 e 2008, 25 dos 49 países pesquisados apresentaram queda no número de linhas fixas. Já em 2008, foi observado um aumento no número de linhas fixas nos países que compõem o chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), na América Latina e na África.
O estudo também analisou os preços dos serviços de telefonia fixa e móvel e constatou uma grande variação de valores, mas sem um padrão definido. Dos países pesquisados, seis em cada dez apresentam uma diferença de preço entre as telefonias móveis e fixas superior a 25%. O Equador é o caso mais extremo, onde o preço da telefonia móvel supera o da fixa em mais de 700%, seguido por Venezuela, onde a linha móvel é 253% mais cara que a fixa, Argentina, com 160%, e Brasil e Colômbia, ambos com uma diferença de 25%.
No entanto, a América Latina não representa apenas países com custo mais alto de telefonia móvel, pois no ranking de países onde as linhas móveis são mais baratas que as fixas encontram-se Bolívia, com linhas móveis 74% mais em conta que as fixas, Chile e Peru, com diferença de 50%, México com 33% e Paraguai, com linhas móveis com preços 21% mais atrativos que a telefonia convencional.
- Avanço expressivo