Reduzir custos e melhorar a operação: tudo ao mesmo tempo, com governança e sourcing

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Ao observar o mercado, percebe-se que as organizações, por meio de suas áreas de TIC, têm gastos comuns que, de modo negativo, são vistos somente como custos, sem relação direta com o negócio. Em outras palavras, TIC é um poço sem fundo para onde vai o orçamento. Entretanto, é também um mal necessário. Esta percepção se deve a alguns custos que precisam ser tratados por estarem escondidos nas próprias organizações.
Podemos citar alguns exemplos, como excesso de capacidade – será que todos os recursos de rede e de TI são utilizados ao máximo de seu potencial? desperdício de esforço em atividades – os procedimentos executados pela equipe de TIC são realmente escopo da área? Há atividades de suporte realizadas por outros times da empresa, como planilhas que foram crescendo de tamanho até se tornarem indispensáveis? priorização incorreta de projetos – será que o excesso de projetos dificulta o foco na execução, medição e percepção de seus resultados?
Diante disso, podemos apontar duas ações importantes que deveriam ser consideradas pelas empresas: aplicação de práticas de governança de TIC e busca por soluções de sourcing.
A governança de TIC permite controle e gerenciamento sobre os processos, fazendo com que os resultados sejam visíveis, tanto na identificação de oportunidades de melhoria, quanto na justificativa da necessidade de investimentos ou benefícios trazidos ao negócio.
Atualmente, as empresas gastam 75% de seu orçamento de TIC para manter funcionando o que já existe. Quando se inova e melhora o gerenciamento do ambiente, é possível direcionar este investimento para a geração de receita ao negócio, trazida por TIC. Dessa forma, o CIO mostra o resultado de sua área diretamente ao CEO.
Por exemplo, ao se resolver reincidências por meio do gerenciamento de problemas, é possível poupar em até 25% o tempo da equipe, além de não perder receita por se obter menos 10% de indisponibilidades. Além disso, ao se determinar corretamente a prioridade e a criticidade dos serviços e aplicações de TIC ao negócio, é possível reduzir o custo operacional em até 35%.
Combinada a isso, a prática de best sourcing permite a escolha dos melhores fornecedores de acordo com seu ramo de operações de TIC. Buscam-se soluções de menor custo, em que o fornecedor seja responsável pela operação, manutenção e atualização da infraestrutura. O fornecedor gerencia os custos e os riscos, entregando ao cliente, valor em forma de serviço. Enquanto isso, a empresa se concentra em estratégias e relacionamentos, como é o caso dos contratos de telefonia fixa e móvel, nos quais é possível obter economia de até 50%. Além disso, ao analisar e revisar operações de rede, pode-se economizar até 20%.
Desta forma, a área de TIC pode se concentrar em gerar diferenciais competitivos para o negócio – por meio de canais alternativos de geração de receita – e aumentar o poder de relacionamento com o cliente interno e externo. Também é possível alinhar-se e construir em conjunto com outras aéreas a estratégia do negócio, bem como viabilizar a manutenção e o crescimento do capital intelectual da empresa.
Para que os resultados sejam obtidos, é preciso determinar objetivos realistas, gerenciando as expectativas; verificar quais são os processos e serviços que podem ou não ser terceirizados, de acordo com sua importância e relação com o negócio da Organização; escolher os parceiros mais adequados, estabelecendo níveis de serviço formais e praticar o modelo, por meio de pilotos.
Ao direcionar seus esforços para a estratégia do negócio, a organização certamente poderá reduzir custos e gerenciar melhor a sua infraestrutura de TIC.

*Carlos Alves é Líder da Oferta de Serviços Avançados da PromonLogicalis.

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