A Nokia Siemens Networks, joint venture formada em 2007 para vender equipamentos de rede, anunciou nesta quarta-feira, 23, um amplo programa de reestruturação que resultará na demissão de 17 mil funcionários no mundo todo, 23% do quadro total de empregados. Com isso, a empresa pretende reduzir os gastos operacionais e de produção em cerca de 1 bilhão de euros até o fim de 2013.
A Nokia Siemens não divulgou os países onde as demissões serão efetuadas, mas afirmou que cumprirá todas as exigências de acordo com a legislação de cada localidade, além de criar um programa de recolocação profissional e capacitação para minimizar os impactos nos países mais afetados.
A empresa deixou claro que irá abandonar os negócios de acesso fixo, como soluções específicas para os mercados de energia e transporte, corporativo e outras áreas não relacionadas à mobilidade, segmentos nos quais sempre atuou. Segundo o presidente executivo (CEO) da Nokia Siemens, Rajeev Suri, a empresa está bem posicionada no mercado de redes móveis, com 206 contratos para 3G e 46 contratos para LTE. "São contratos comerciais, não testes", frisou . A área de serviços e terceirização de redes também será mantida, assim como a de desenvolvimento de soluções OSS (sistemas de apoio a operações) e BSS (sistemas de apoio ao negócio).
Parte do plano de reestruturação também incluiu a eliminação da estrutura organizacional de matriz e a transferência de atividades para centros de entrega globais e integração dos ativos wireless da Motorola. "Acreditamos que o futuro de nossa indústria está na rede móvel e serviços – e nossa meta é ser líder em ambas áreas", afirmou Suri.