O futuro em Beta: reflexões sobre um 2025 em transformação

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Se 2024 fosse uma série, seria aquela temporada onde tudo começa a se encaixar, os personagens principais revelam suas verdadeiras intenções e as provocações não param de surgir. O marketing conversacional dá passos largos, a inteligência artificial conecta tudo como nunca antes, e o Google, com o Willow, dá um salto quântico que nos faz repensar o futuro. Mas o enredo não para aí.

A Meta reforçou sua visão de IA open source com o lançamento do Llama 3.2, demonstrando que, apesar de suas limitações, a IA aberta tem força para moldar o mercado ao permitir maior acessibilidade e inovação colaborativa. Enquanto isso, a NVIDIA segue firme como protagonista absoluta na corrida tecnológica, sendo a base de quase todas as grandes evoluções em IA, alimentando não apenas grandes modelos, mas o próprio avanço da infraestrutura global.

E claro, como não falar de Elon Musk? Sempre um passo além, ou fora do tempo, ele segue nos desafiando a pensar grande. Suas apostas provocativas, como o conceito de robotaxis, e suas ideias futuristas, muitas vezes criticadas, mostram que ele não está preocupado com o que o mercado quer agora (e, sejamos honestos, ele provavelmente não liga se vender zero robotaxis). Para Musk, não se trata de atender às demandas do presente, mas de continuar moldando o que vem pela frente.

É o tipo de cenário onde o futuro parece estar em constante beta, em evolução, cheio de potencial, e deixando claro que as "conversas", no sentido mais amplo da palavra, serão a chave para conectar tudo isso.

O futuro é mais do que conversacional e está evoluindo…

O marketing conversacional, que explorei aqui, continua sendo uma promessa em construção, refletindo o que os consumidores mais desejam: interações autênticas, personalizadas e instantâneas.

Mas aqui vai uma provocação: o marketing conversacional, como o conhecemos hoje, não é o destino final. Ele é uma ponte para algo muito maior. Estamos prestes a entrar em uma transição onde agentes inteligentes conectados não serão apenas facilitadores de conversas, mas protagonistas de uma nova era. É o embrião do que eu chamo de Internet dos Agentes (IoA).

A IoA começou como uma ideia inquieta, daquelas que teimam em não sair da cabeça. Percebi que os agentes poderiam ser muito mais do que assistentes. Envisionar um futuro onde eles conversam entre si, aprendem, negociam soluções e colaboram em rede me levou a cunhar o termo Internet dos Agentes, ou Internet Of Agents (IoA), não apenas como um nome, mas como uma visão para o futuro da internet. E, sim, vou explorar muito mais sobre isso em 2025. Mas por enquanto, posso dizer que o caminho já está sendo pavimentado, e estou animado para compartilhar como ele está tomando forma.

Em "Interoperabilidade como chave para avanço exponencial da IA em nosso dia a dia", destaquei como a integração entre sistemas, plataformas e dispositivos é uma das peças-chave para destravar o potencial total dos agentes.

A interoperabilidade não é só uma questão técnica, é o elo que permitirá que agentes inteligentes conversem e colaborem de maneira orgânica, criando novas formas de entregar valor. Quando a IoA se tornar realidade, será graças a essa base invisível, mas fundamental.

E então, o Willow entrou em cena…

Quando parecia que 2024 já tinha entregado tudo, veio dezembro e o Google decidiu roubar o show. O Willow, seu chip quântico, não foi apenas uma surpresa, foi como se o Google tivesse decidido lançar um trailer de um futuro que ninguém esperava assistir tão cedo.

Como mencionei aqui, a teoria dos muitos mundos sempre nos desafiou a repensar a realidade e suas infinitas possibilidades. O Willow, por outro lado, trouxe essa reflexão para a prática. Ele não só resolve cálculos que levariam bilhões de anos para qualquer supercomputador clássico, mas redefine o que acreditamos ser possível.

Com o Willow, o Google nos mostrou um vislumbre de um mundo onde a computação quântica não é apenas uma ferramenta poderosa, mas o motor capaz de transformar setores inteiros. Mais do que um chip, é uma declaração ousada de que até as nossas ideias mais imaginativas podem estar no horizonte da realidade.

Para finalizar, eu quero agradecer ao TI Inside. 

Obrigado, TI Inside. Vamos continuar a conversa em 2025.

Agradeço à equipe pela confiança e pela oportunidade de compartilhar esses insights. Que 2025 nos traga ainda mais conversas, conexões e possibilidades conversacionais, interoperáveis, quânticas e repletas do potencial da IoA.

Vamos em frente. A conversa está só começando.

Samir Ramos, co-founder e co-CEO do smarters.

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