Mantido o quadro atual de operadoras, o Brasil de terminar 2007 com 111 milhões a 114 milhões de celulares. A projeção é do site Teleco, especializado em estudos e pesquisas sobre o setor de telecomunicações. De acordo com o site, as adições líquidas neste ano devem ficar entre 11 milhões e 14 milhões de celulares, um cenário de crescimento próximo ao de 2006.
O estudo avalia, no entanto, que o lançamento de novos modelos de aparelhos marcará a fase de maturidade do mercado, na qual o crescimento baseado no churn (rotatividade da base de clientes) se verificará em participação de mercado e compartilhamento de receita. Portanto, o Teleco prevê que os programas de fidelização de clientes das operadoras passarão a ganhar mais intensidade.
O Teleco diz que esse cenário pode ser afetado principalmente pelo comportamento da Vivo, TIM e da Claro. A vantagem da Vivo em relação à TIM caiu de 6,2 milhões de celulares em junho para 3,6 milhões em dezembro do ano passado. Mantidas essas condições, a TIM ultrapassaria a Vivo no fim deste semestre. A Vivo pode, no entanto, virar o jogo com a entrada em operação de sua rede GSM e a expansão de suas operações para Minas Gerais e a região Nordeste.
O impasse em relação à venda da TIM, segundo o estudo, provocou uma redução do ritmo de crescimento da operadora no quarto trimestre de 2006. Mas o Teleco ressalta que pode haver uma redução na projeção de crescimento para este ano caso a operadora italiana venha a ser vendida para a Claro, o que provocaria uma consolidação do mercado.
Segundo o estudo, a agressividade mercadológica da Claro, baseada numa estabilidade tecnológica e institucional, certamente será o fator diferencial neste ano, impactando fortemente no crescimento da base de celulares brasileira. A empresa vem demonstrando vontade de ganhar participação de mercado à medida que evolui na questão organizacional. Para o Teleco, o provável lançamento da 3G também poderá animar o mercado, mudando a inclinação da curva de crescimento.