Com base em seus modelos de negócios, potencial de crescimento e êxito, as startups brasileiras C6 Bank e Gocase foram escolhidos para sediar projetos do Laboratório Global de Empreendedorismo (G-Lab) em colaboração com o MIT Sloan School of Management, fundador do programa internacional.
Desde o ano 2000, equipes do G-Lab têm trabalhado para resolver questões empresariais de mais de 375 companhias em mercados emergentes ao redor do mundo em áreas críticas, como crescimento estratégico, entrada em novos mercados, precificação, marketing, benchmarking, captação de recursos e estratégia financeira.
No processo, os alunos do MBA ganham experiências reais em criar, desenvolver e administrar jovens empresas com infraestruturas diversas, bem como em pensar sobre o papel da política, cultura e outras variáveis não-econômicas.
O trabalho externo dos alunos do MIT Sloan para o C6 Bank e a Gocase começou em setembro de 2018 e acabará em fevereiro de 2019, incluindo uma análise final e aprofundada. Os resultados das equipes incluirão uma apresentação formal e materiais concretos com ferramentas de alto impacto que podem ser usados pelas empresas imediatamente.
"Trabalhamos com empreendedores em toda a América Latina por quase 20 anos", conta o professor do MIT Sloan Simon Johnson, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional e cofundador do G-Lab. "Esses homens e mulheres são notavelmente resilientes e oferecem grandes perspectivas para o futuro. É um privilégio e uma grande lição para os nossos alunos encontrar formas de ajudá-los. Todos retornam aos Estados Unidos impressionados com a energia e a intensidade dos CEOs dessas empresas".
C6 Bank
Sediada em São Paulo, a startup C6 Bank, que recentemente recebeu licença do Banco Central para operar como um banco múltiplo, emprega atualmente 300 funcionários e tem como foco médias e pequenas empresas e pessoas físicas. Uma equipe internacional de quatro alunos do MBA do MIT Sloan – uma das escolas de negócios mais reconhecidas do mundo – auxiliará o C6 a definir um plano para a criação de um Robo-Advisor a partir de um produto viável mínimo (MVP). Eles estão trabalhando no escritório do C6 Bank em São Paulo durante todo o mês de janeiro.
No dia 28 de janeiro, o C6 lançará um centro de inovação chamado Opp, com espaço para 90 empresários, no seu escritório em São Paulo. Com o objetivo de se tornar um próspero hub para startups, o Opp vai sediar um programa de formação em empreendedorismo que combinará rodada de investimento e mentoria.
Em breve, o C6 também oferecerá uma plataforma completa de serviços financeiros, incluindo serviços bancários tradicionais. Além disso, ainda neste ano, a startup planeja abrir um escritório em Nova York dedicado à análise de dados.
"Acreditamos que as universidades e empresas devem trabalhar juntas para promover a inovação. Temos muito orgulho de trabalhar com os alunos do MIT Sloan e esperamos poder continuar fortalecendo nossa parceria", afirma Eduardo Prado, sócio do C6 Bank.
Gocase
Lançada há três anos no Brasil, a Gocase tornou-se rapidamente uma das maiores marcas digitais brasileiras. Com mais de 1.3 milhões de seguidores no Instagram, a startup tem foco no desenvolvimento de acessórios personalizados que refletem a personalidade de cada cliente. O objetivo do Gocase é mudar a maneira como os gadgets são vistos e percebidos, transformando-os em novos conceitos que combinem com o estilo de vida dos clientes, com inspiração nas últimas tendências de moda e design. A marca rapidamente expandiu para o exterior, já tendo comercializado produtos para mais de 130 países e possui escritórios em Fortaleza (CE), Amsterdã (NL) e na China.
Uma equipe internacional de quatro alunos do MBA do MIT Sloan está trabalhando no Brasil e na Holanda durante o mês de janeiro, com o objetivo de desenvolver um plano de entrada para a Gocase no mercado dos Estados Unidos.
G-Lab
O G-Lab é um dos 15 laboratórios pioneiros do Action Learning, disponíveis para os alunos do MIT Sloan. Embora as atividades do projeto variem, elas estão agrupadas por temas comuns, incluindo aprendizagem experimental, reflexiva e entre pares, mentoria docente, solução de problemas reais, transferência de conhecimento, e o envolvimento de uma equipe de estudantes com vistas a gerar um impacto mensurável tanto no quesito social quanto nos negócios. Esses desafios de gerenciamento em tempo real trazem a teoria à vida.