O SAS faturou decolou nessa quinta feira que teve receitas de US$ 3,16 bilhões em 2015, 2.3% em relação ao ano anterior. A subsidiária brasileira do SAS conquistou 37 novos clientes em 2015, aumento de 42% em relação ao ano anterior. A taxa de renovação de contratos teve crescimento de 16%. Globalmente, o SAS manteve uma taxa de retenção de clientes acima de 90%, um dos maiores percentuais do mercado.
Apesar de não divulgar números locais, o resultado da subsidiária manteve-se estável em relação a 2014, motivo pelo qual o novo presidente do SAS Brasil e Cone Sul, Conrado Leister, divulgou nesta quarta-feira, 24, uma série de iniciativas para acelerar seu crescimento em 2016. A principal delas é a criação de um portfólio para comercialização software na nuvem a partir de abril próximo, que deve trazer maior capilaridade de mercado, atender novas regiões geografias e estabelecer parceiras com canais que oferecer valor agregado aos clientes, inclusive as de menor porte.
Para isso, contratou um data center local, para oferecer 3 opções de contratação. A primeira será o tradicional modelo SasS (software as a service), começando com produtos de customer intelligence e visual analytics, que são mais padronizados. Com isso, ela também mira setores regulados, onde os dados não podem sair do país e áreas do Governo.
A segunda é o que a SAS está batizando de RaaS – Resultado como Serviços, uma modalidade onde além da nuvem, software ela disponibilizará uma equipe de especialista para entregar o resultado das demandas dos clientes. "Já testamos o modelo no Canadá, Inglaterra e Estados Unidos, por isso temos confiança na entrega dos resultados. Um varejista, por exemplo, que utiliza nossas soluções para estabelecer preços pode contratar uma avaliação de análise de risco", explica Marvio Portela, head de Vendas e Pré-Vendas do SAS Brasil e responsável por Cloud Analytics para América Latina.
A terceira opção será o modelo da IaaS (Infraestrutura como Serviço) onde a SaaS colocará um appliance na casa do cliente para rodar as aplicações na nuvem. A empresa não revelou quem serão os parceiros de serviços de data center e fornecimento de appliances.
Segundo Leister, '' as empresas já embarcaram na transformação digital e estão continuamente investindo no desenvolvimento de negócios com inteligência de dados. Na previsão da IDC, o mercado brasileiro movimentará US$ 3.2 bilhões em novos investimentos de Big Data e Analytics em 2016''.
Distribuição
Além de reforçar suas equipes de vendas, a SAS assinou um acordo de distribuição com a Arrow ECS no Brasil, extensão de um acordo global, com foco no desenvolvimento de novos negócios e capacitação das revendas nas regiões Sul, Centro-Oeste, além dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. "Até o final do ano, a expectativa é que a companhia dobre o número de revendedores e a área represente 30% de todas as vendas no Brasil e atuar em setores onde ela ainda não se consolidou, como travel & transportation, real estate, educação, serviços e varejo", diz Portela.
Para buscar esse resultado de vendas, a SAS estabeleceu um programa de especialização para obtenção de credenciais e certificados com cada tipo de ferramenta e solução, incorporando capacitações em vendas, pré-vendas e instalação, de acordo com as necessidades de cada contrato.
Ela estabeleceu ainda um, programa de 20 bolsas integrais em seus cursos de Analytics e Business Intelligence para profissionais fora do mercado de trabalho.
Outra iniciativa foi a criação de uma equipe nos Estados Unidos, onde tem profissionais que falam português, para vender soluções pelo telemarketing e meios digitais.
Mercado
A SAS está completando 20 anos de atuação no Brasil, e segundo Leister, obteve bons resultados conquistados em 2015 na América Latina, região que teve aumento de 234% em vendas, considerado o melhor resultado nos últimos anos. A área de Customer Intelligence (CI), responsável por soluções de inteligência de marketing, dobrou de receita em 2015. Os resultados foram impactados principalmente pela demanda crescente das indústrias de Telecomunicações e Finanças, que representaram cerca de 50% das vendas.
No total, foram 37 novos clientes conquistados pelo SAS Brasil em 2015, aumento de 42% em relação ao ano anterior. Já a renovação dos contratos da subsidiária também fez parte da conquista, com aumento de 16%, se comparado aos números de 2014. Globalmente, o SAS manteve uma taxa de retenção de clientes acima de 90%, um dos maiores percentuais do mercado.