Todas as empresas bem-sucedidas e consolidadas em seu segmento têm uma característica em comum: uma boa gestão. É certo que crescer no espaço corporativo, tanto por meio do aumento de clientes quanto do ticket médio, é um desafio complexo e que exige das empresas uma série de ações estratégicas. Resumidamente, para manter-se competitivo no mercado é necessário avançar para além do lugar comum, promovendo ações que possam diferenciar seu negócio estrategicamente de seus principais concorrentes. E o elemento central para suportar tudo isso é uma gestão inteligente.
Ainda neste contexto, insere-se também o mercado de internet banda larga. Apesar de contar com grandes players tradicionais, que dominam uma parte considerável de share no cenário nacional, tem crescido a presença dos ISPs (Provedores de Serviço de Internet) em diversas cidades brasileiras. Potencializada a partir da facilitação da oferta de crédito para aquisição de infraestrutura, esse mercado vem em um ritmo acelerado de desenvolvimento e expansão, diferenciando-se dos concorrentes pela capacidade de ofertar serviços para polos descentralizados e, muitas vezes, distantes de grandes centros urbanos.
Como a gestão impacta o mercado de ISP
Conforme comentado acima, uma gestão eficiente é indispensável para manter a saúde financeira e competitividade dos pequenos provedores de internet. Inclusive, ao olhar por um ângulo macro, percebe-se que seu impacto é ainda maior. Isso porque, se bem estruturada, ela serve também para proteger as empresas em momentos de crises e retração de vendas, assegurando a todos os negócios os recursos necessários para que continuem operando. Neste sentido, tendo em vista a dificuldade de competir com grandes players, a gestão estratégica é uma forte aliada dos ISPs nesta disputa.
Ela possibilita aos ISPs condições para realizar investimentos em múltiplas frentes, como infraestrutura, produtos e serviços, em momentos estratégicos, aproveitando, assim, as oportunidades de mercado que surgirem. Com isso, além da oferta de internet banda larga, os ISPs conseguem também ofertar outros serviços agregados ao público como o streaming, por exemplo. Com uma gestão estruturada, cada provedor tem mais liberdade e autonomia para investir em soluções que fazem realmente sentido com seu planejamento e, principalmente, com as necessidades dos usuários.
Outra vantagem interessante é o suporte proporcionando à expansão e consolidação do negócio. Tão importante quanto o crescimento, que pode vir de forma acelerada ou escalonada, muitas vezes, é a consolidação da empresa como player relevante, dotado de capacidade para atender as principais necessidades do público com eficiência e qualidade. Assim, é preciso superar os desafios mais comuns da área relacionados, geralmente, ao baixo capital de giro e dificuldade de acesso a investimentos.
Democratização do acesso ajuda na gestão
Felizmente, o surgimento de companhias voltadas à facilitação do acesso à infraestrutura tecnológica, serviços e hardware de internet banda larga tem contribuído com os pequenos ISPs na gestão do negócio como um todo. Com a desburocratização de financiamento e a democratização de produtos, os provedores vêm fortalecendo seus sistemas internos de controle e, com isso, promovendo um ambiente de negócios mais eficiente e competitivo.
Para concluir, reforço que a gestão estruturada é um dos pilares de sustentação mais estratégicos do negócio. Portanto, é preciso consolidar um modelo de gestão que possibilite aos ISPs maior controle sobre o fluxo operacional de despesas e conciliação com os recursos disponíveis para investimentos. Isso traz mais eficiência ao negócio, mas, sobretudo, fornece um panorama mais completo aos líderes sobre toda a companhia.
Rafael Rodrigues, Managing Director da Celeti HUB.