Os pesquisadores da Kaspersky identificaram recentemente uma campanha maliciosa em circulação direcionada aos usuários do ChatGPT, robô de inteligência artificial que vem chamando atenção de muita gente nos últimos meses. Segundo os especialistas da empresa, os golpistas estão criando grupos nas redes sociais que imitam de forma convincente contas oficiais do laboratório de inteligência artificial OpenAI ou comunidades de entusiastas do ChatGPT para realizar os ataques.
Esses falsos grupos hospedam postagens aparentemente oficiais com notícias sobre o serviço e promovem um programa fraudulento disfarçado de software para desktop do ChatGPT.
Caso o internauta clique no link da postagem, ele será direcionado para um site bem projetado que se passa pelo site oficial do ChatGPT. Esta página falsa pede para a vítima baixar uma suposta versão do ChatGPT para Windows, que na verdade é um arquivo executável malicioso. O processo de instalação começa, mas para abruptamente com uma mensagem de erro informando que o programa não pôde ser instalado. Essa mensagem serve para iludir a vítima, que pensará que não conseguiu instalar o aplicativo e irá desistir dele em algum momento.
No entanto, a instalação do programa foi concluída com um trojan-steal, o Trojan-PSW.Win64, que irá roubar informações de contas salvas nos navegadores Chrome, Edge, Firefox, Brave entre outros. Os golpistas estão especialmente interessados em roubar cookies e credenciais de login para contas do Facebook, TikTok e Google, especialmente aquelas relacionadas a empresas. Além do roubo de contas, este trojan ainda tenta obter informações adicionais, como a quantia gasta em publicidade e o saldo atual das contas comerciais.
A atuação desse grupo é global. O malware disfarçado já atacou vítimas na África, Ásia, Europa, América do Norte e América Latina.
"Esta campanha explorando a popularidade do ChatGPT é um excelente exemplo de como os golpistas digitais usam as técnicas de engenharia social com maestria e conseguem explorar a confiança dos internautas em determinadas marcas e serviços populares. É importante que as pessoas entendam que só porque um serviço parece legítimo não significa que ele seja. Mantendo-se informados e agindo com cautela, é possível se proteger desse e qualquer outro ataque desse tipo", afirma Darya Ivanova, especialista em segurança da Kaspersky.