Censura ao Google continua na China

0

Depois de classificar a atitude do Google de migrar a ferramenta Google.cn para a página de Honk Kong, Google.com.hk, de "totalmente errada", o governo chinês agora quer impor a sua tecnologia de bloqueio de "resultados impróprios" ao site. O bloqueio de sites tem oscilado desde a manhã desta quarta-feira, 24, na China, quando o Google migrou a ferramenta, segundo informações do jornal britânico Financial Times.
O jornal aponta que sites de órgãos governamentais do país, como do Ministério de Relações Exteriores ou o da República Popular da China, endereço virtual do governo central, e sites de alguns jornais estrangeiros, ora aparecem ora não nos resultados de buscas feitas no Google.com.hk.
O Financial Times aponta que o problema tem acontecido porque o governo impõe às empresas de internet que autocensurem suas informações, operando como uma terceirização do bloqueio de resultados. Com a saída do gigante das buscas da China, o aparelho estatal teve que passar a fazer o trabalho antes realizado pelo Google, mas sem a mesma infraestrutura.
Alta prioridade
Em resposta às constantes tentativas do aparelho estatal chinês de controlar as informações contidas nas páginas de resultados do Google, um dos co-fundadores do site, Sergei Brin, pediu que o governo norte-americano tomasse providências e tratasse o assunto como de "alta prioridade".
Em entrevista ao The Guardian, o executivo declarou que as relações entre China e Estados Unidos "já são maduras o suficiente para que as diferenças sejam superadas". Para ele, uma ação da parte dos EUA é iminente, já que a censura à web praticada pelo governo chinês já começa a afetar as relações comerciais da empresa. "Informações e serviços relacionados a elas são a nossa maior moeda de troca, e se a censura continuar nos impedindo de fazer negócios, teremos um problema econômico para lidar", apontou Brin.
A China é o país com o maior número de internautas do mundo e um dos únicos onde o Google não é o líder no mercado de buscas on-line, ficando atrás do site local Baidu, de acordo com pesquisa realizada em dezembro do ano passado pela consultoria Analysys International.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.