O conceito de data lake — ou lago de dados, repositório que armazena um grande e variado volume de dados, estruturados e não estruturados — é a mais nova aposta da EMC, fornecedora de soluções de armazenamento e gerenciamento da informação, para que seus clientes corporativos capitalizem as oportunidades do big data.
A companhia anunciou nesta terça-feira, 24, o lançamento do Federation Business Data Lake, plataforma que integra tecnologias de armazenamento e análise de big data criadas pela EMC, Pivotal e VMware, que simplifica a tarefa de criar um data lake, ou seja, um ambiente que armazena dados estruturados e não estruturados de diversas fontes, que oferece ferramentas modernas de gerenciamento de dados e de lógica analítica e fornece dados aos usuários para permitir mudanças em tempo real nos resultados e influenciar decisões.
De acordo com Guilherme Bujes, diretor de vendas de serviços de consultoria da EMC para América Latina, o desenvolvimento da solução foi baseado nas quatro tendências que habilitam o big data: crescimento do volume de dados, armazenamento barato, computação sem limites e tecnologias em tempo real. "O valor dos negócios hoje está mudando da importância de um produto para o valor dos dados deste produto", avaliou o executivo, acrescentando que, para clientes que já possuam um storage da EMC, a implementação da solução leva apenas sete dias.
O Federation Business Data Lake será disponibilizado ao mercado em abril, nos 86 países em que a EMC tem presença.
Projetos em big data
O desenvolvimento do Federation Business Data Lake teve forte participação da equipe do centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em big data da EMC, localizado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, e inaugurado em maio do ano passado. O centro faz parte do investimento da EMC de US$ 100 milhões no país, anunciado há quatro anos.
Segundo a cientista-chefe do centro de P&D, Karin Breitman, a EMC está trabalhando em outros grandes projetos em big data, incluindo a criação de cidades inteligentes, como na cidade do Rio de Janeiro, cuja aplicação, ainda em estudo, está prevista para até o fim deste ano. "Estamos com oito casos de big data com parceiros brasileiros no momento, incluindo os segmentos de comércio eletrônico, segurança e manutenção preditiva de ativos", detalhou, sem revelar as empresas envolvidas.
Embora tenha sua pesquisa 100% focada na indústria de petróleo e gás, o centro de P&D da EMC no Rio de Janeiro estará conectado a outros pontos de P&D no mundo, o que possibilitará a aplicação do que for criado no Brasil em outros segmentos.
*A jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da empresa.