Lectra investe na transformação digital da indústria têxtil

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A indústria da moda ruma para a completa digitalização. Tecnologias como 3D e realidade aumentada chegam para atender ao crescente desejo de personalização e ao estímulo para melhorar a jornada do cliente. Esses fenômenos, no entanto, estão impulsionando a troca contínua de grandes volumes de dados digitais ao longo da cadeia de fornecimento e aumentando a necessidade de proteger os dados transferidos entre as marcas, varejistas e seus muitos fornecedores em todo o mundo.

Essas foram algumas das premissas que levaram a Lectra, uma das líderes mundiais em soluções de tecnologia integrada para indústrias têxteis, estabelecer um planejamento estratégico em fevereiro passado, que prevê um road map de transformação digital no período de 2017 a 2019.

Segundo Jérôme Viala, recém-nomeado vice-presidente executivo do Grupo Lectra, a empresa tem uma oportunidade única para se tornar um player da indústria 4.0, que vai impactar todo mercado com a digitalização da cadeia da manufatura.

Além de investir em atender o desafio da internet industrial das coisas (IIoT) e executivo explica que empresa também vai se preparar nesses três anos para a mudança ocasionada com as preferências da geração milênio, que certamente terá influencia cada vez maior na indústria da moda.

Além desses dois pontos, o mercado da China foi colocado como uma estratégia diferenciada no plano de transformação digital, tendo em vista as características próprias da cultura chinesa e pelo enorme potencial de mercado.

O executivo, que esteve no Brasil nesse mês, diz que a empresa está contratou 60 profissionais para pesquisa e desenvolvimento, e mais 30 deverão ser contratados em breve, o que elevará o departamento a cerca de 250 pesquisadores.

Ela também adotou a metodologia Agile para acelerar essas mudanças, passou a oferecer software no modelo como serviço (SaaS) e também na nuvem da AWS e Microsoft. "Só não temos no Google, porque ele é bloqueado na China", explica. Com essa oferta, a Lectra também pretende ser mais acessível ao mercado de pequenas e médias empresas.

Lançamento

A empresa acaba de lançar sua nova solução de supplay chain, para gestão da troca de informações entre as empresas e sua cadeia de fornecedores, que foi desenvolvida para garantir consistência e segurança no intercâmbio de dados digitais entre marcas, varejistas e fornecedores.

Ao garantir a integridade dos dados durante os intercâmbios digitais, o novo programa de supplay chain da Lectra reduz o tempo de desenvolvimento e de comercialização, aumenta a produtividade e a qualidade do produto final.

Empresas e seus fornecedores nem sempre usam as mesmas versões de aplicativos de software. Chegam até a usar soluções inteiramente diferentes. Como consequência, informações valiosas são frequentemente comprometidas — ou até mesmo transferidas parcialmente — muitas vezes gerando erros e confusão no desenvolvimento e na produção de produtos, resultando em perda de tempo, de eficiência e produtividade para ambas as partes.

Ao melhorar o intercâmbio de dados entre empresas e fornecedores, o programa de supplay chain da Lectra oferece diversos benefícios. Além de fornecer análises detalhadas dos atuais processos de co-desenvolvimento, o programa oferece um plano de ação personalizado para reduzir o custo de desenvolvimento do produto, compartilhar as melhores práticas da indústria da moda, eliminar atividades sem valor agregado e, em última análise, melhorar a qualidade do produto e os prazos.

Empresa

A Lectra fornece soluções de tecnologia integrada (software, equipamentos de corte automatizado e serviços associados) projetadas especificamente para os setores que utilizam têxteis, couro, tecidos técnicos e materiais compostos para a fabricação de seus produtos. Ela atende aos principais mercados do mundo: moda e confecção, automotivo e móveis estofados, além de uma ampla gama de outros setores.

Com mais de 1.550 funcionários. Em P&D tem 270 pesquisadores e 700 especialistas em manufatura. Tem sede na cidade de Bordeaux, França, atua em mais de 100 países, inclusive China e Vietnã. No Brasil tem escritórios em São Paulo e Blumenau (Santa Catarina). A Lectra registrou receitas de € 260 milhões em 2016 e está cotada na Euronext.

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