A HP está investindo em uma nova arquitetura de computação baseada nos servidores Moon Shot, que promete economia de energia, redução de espaço e melhor desempenho. A informação é de Claudio Raupp Fonseca, vice-presidente da HP Brasil, acrescentando que a empresa quer "ser a melhor parceria agora e no futuro dos seus clientes".
O executivo fez a palestra de abertura no HP World Tur, que reuniu nesta quinta-feira, 24, em São Paulo, um grupo de usuários e parceiros de negócios para anunciar o novo posicionamento estratégico da empresa, divulgado no mês passado nos Estados Unidos, batizado de "New Style of IT", que está assentado em quatro pilares: computação em nuvem, big data, mobilidade e segurança.
Raupp observa que a "a arquitetura da computação é a mesma nos últimos 60 anos, baseada em processador, memória e storage, altamente ineficiente, pois gasta 90% do consumo de energia para transferir dados".
O roadmap da nova a nova arquitetura em desenvolvimentos nos laboratórios da HP é baseada na tecnologia memory restore de baixo custo e fotônica, que através de feixe de luz faz a transferência dos dados em velocidade de 6 terabits por segundo. "É como se o conteúdo de quatro dias de streaming de vídeo fosse baixados em um segundo", exemplifica Raupp.
Essa nova arquitetura, segundo ele, propicia economia de 89% de energia, 80% de redução de espaço físico para abrigar os servidores e 77% de redução do custo total de propriedade (TCO , na sigla em inglês) em relação aos servidores tradicionais.
Raupp diz ainda que a economia de energia é um desafio para a HP, pois segundo previsões nos próximos três anos serão instalados 1 milhão de novos servidores, o que consumira 250 megawats, energia suficiente para iluminar uma cidade entre 300 mil e 400 mil habitantes. "Nos próximos dez anos a previsão que serão vendidos entre 8 milhões a 10 milhões de servidores, um investimento de cerca de US$ 20 bilhões."
Para dar uma dimensão do consumo de energia exigida pelos data centers para processar aplicações em computação em nuvem, Raupp salientou que em comparação com os gastos dos países ele ficaria em quinto lugar no ranking, após China, EUA, Rússia e Índia, pela ordem.