A Internet vem mudando a percepção que temos do mundo. E a Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) dará um passo além do que já faz parte da nossa realidade. No ambiente corporativo, das empresas e indústrias, os sensores também já estão se tornando uma realidade, e estão presentes em equipamentos de fábricas, caminhões, postes e até em plantações. A tendência é que os exemplos aumentem vertiginosamente, já que segundo a IDC, o número de dispositivos conectados aumentará para 30 bilhões ainda nesta década.
Ainda no campo dos negócios, a Internet das Coisas deve suportar uma variedade de tecnologias orientadas a solucionar questões particulares de cada setor. Cada coisa a ser monitorada possui requisitos de conectividade diferentes e cada projeto inclui fases e desafios particulares. Porém, com toda a discussão sobre Internet das Coisas, muitas vezes é difícil separar a estratégia da realidade. Mas uma pergunta pode nos guiar: como a IoT pode ser viável como um serviço?
A novidade aliada a complexidade do tema faz com que o conceito de "IoT as a Service" seja uma necessidade, apesar de ser ainda um assunto pouco discutido. Hoje, é possível contratar todo o ecossistema e pagar uma mensalidade para: instalação e manutenção dos sensores, plataforma customizada, conectividade completa e dashboard de visualização. Tudo isso com integração com o ERP do cliente e sistemas legados. Além disso, a depender do caso, uma Central de monitoramento remoto pode agregar ao projeto.
Um exemplo de uso deste modelo de serviço completo ligado a IoT é a utilização da tecnologia para reduzir o risco em ambientes de trabalho insalubres. Locais com temperaturas extremas são regulados por normas específicas, que determinam pausas aos profissionais. Diante disso, o controle de tempo e entrada e saída dos trabalhadores possibilita o cumprimento das regras e asseguram a segurança.
Então, tecnicamente a aplicação de sensores nos crachás com gerenciamento por uma plataforma de IoT garante o acesso a áreas restritas ou perigosas, respeito às pausas, preservação da saúde do colaborador, respaldo em relação ao Ministério do Trabalho e ganho de produtividade de até 60%.
E o mesmo modelo por ser replicado para setores como varejo e mercado financeiro, seja por meio do controle de horas extras, enquanto a solução para a indústria e utilities, é utilizada para reduzir acidentes de trabalho e acesso a áreas restritas. Na verdade, as possibilidades são incontáveis. Prova disso, é que o instituto global McKinsey estima que o impacto econômico gerado pela IoT seja de US$ 3,9 trilhões a US$ 11 trilhões por ano em 2025.
Mesmo com a complexidade da tecnologia envolvida em IoT e a constante evolução para atender às mais variadas demandas, as companhias que encontrarem bons parceiros para oferta de IoT as a Service com certeza sairão na frente, já que terão em mãos a garantia de uma boa entrega de resultados atrelados a um objetivo estratégico de negócios.
Norberto Tomasini, director of Digital Business da TIVIT.