Embora o julgamento da ação judicial na qual a Apple é acusada de liderar um esquema de combinação de preços de e-books (livros eletrônicos) ainda não tenha iniciado, a juíza do caso, Denise Cote, sinalizou que deve condenar a fabricante do iPad. Durante pré-audiência realizada na última quinta-feira, 23, ela afirmou que a argumentação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês), autor do processo, deve prevalecer sobre a exposição da defesa da empresa.
"Acredito que o governo será capaz de mostrar ao júri as evidências diretas de que a Apple, conscientemente, participou e facilitou uma conspiração para elevar os preços dos e-books, e que as evidências e circunstâncias do caso, incluindo os termos dos acordos [com as editoras], irão confirmar isso", explicou. Denise ressaltou, contudo, que ainda não finalizou a revisão de todas as evidências no caso, e que sua opinião era sem o "benefício de testemunhas e outros argumentos". De qualquer maneira, a exposição da juíza já mostra para qual lado ela está inclinada.
Procurada pelo All Things Digital, a Apple afirmou que discorda dos comentários preliminares da juíza e negou ter combinado preços. "Estamos aguardando para apresentar nosso lado e levar nossas testemunhas ao tribunal. Iremos provar que a Apple não fez nada de errado e que os consumidores se beneficiaram com a entrada da Apple em um mercado novo e emergente", disse Orin Snyder, um dos porta-vozes da companhia. O julgamento está marcado para o dia 3 de junho.