Banco do Brasil registrou 1 bilhão de transações móveis de janeiro a maio

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    O Banco do Brasil registrou 1 bilhão de transações através de apps móveis entre janeiro e maio deste ano. No ano passado, essa marca fora alcançada somente em novembro. Apenas em maio deste ano foram 250 milhões. Pelo andar da carruagem, a projeção do banco é alcançar 3 bilhões de transações móveis em 2014. Isso representará um crescimento superior a 100% em relação ao ano passado, quando foram computadas 1,3 bilhão de transações. Para se ter uma ideia do crescimento nos últimos anos, o Banco do Brasil registra atualmente por dia mais transações móveis do que fazia por mês em 2011: são atualmente 8 milhões por dia, contra 7,2 milhões por mês três anos atrás.

    Em volume de transações, o Banco do Brasil é o principal player de mobile banking do País. No ano passado, quando o mercado inteiro registrou cerca de 2,3 bilhões de transações móveis, o Banco do Brasil respondeu por 56,5% desse total.

    No momento, os apps móveis respondem por 12% do total de transações bancárias registradas pelo Banco do Brasil. Os outros canais mais importantes são: Internet banking (52%), terminais de autoatendimento (29%) e agências bancárias (5%). "Não estamos percebendo uma migração da Internet para o mobile. Os dois canais estão crescendo. O que ocorre é uma redução dos outros canais, como terminais de autoatendimento e agências", explica Juvenal Pereira, gerente executivo da diretoria de tecnologia do Banco do Brasil.

    O banco conta com cerca de 4 milhões de usuários de seus apps móveis. Em dezembro passado eram 3,6 milhões. A projeção de Pereira é que ao fim do ano a base alcançará entre 5 e 5,5 milhões. Ao todo, a instituição tem mais de 60 milhões de correntistas.

    Desenvolvimento e segurança

    Pereira reconhece que a fragmentação dos sistemas operacionais móveis é um desafio para os bancos. A solução encontrada pela instituição, três anos atrás, foi a construção de um framework híbrido, que trabalha com linguagens web e nativas, e que dá agilidade para atualizações. "Consigo atualizar o app sem requerer que o usuário baixe uma nova versão. Só mudamos o app quando há alguma alteração estrutural", explica.

    O Banco do Brasil possui apps para todos os principais sistemas operacionais móveis. No caso do Windows Phone, a primeira versão foi basicamente um app em HTML5, sem as mesmas funcionalidades e design atraente dos apps nativos. "Essa primeira versão era só para ter um posicionamento. Estamos na última fase de desenvolvimento uma versão nativa para Windows Phone, que será bem mais caprichada, usando recursos nativos etc. Será bem superior à atual", promete o executivo.

    Apesar das constantes notícias sobre códigos maliciosos e tentativas de phishing via celular, Pereira considera o mobile banking um canal seguro. Ele afirma que até agora não houve nenhum caso de app ou site móvel falsos tentando se passar pelo Banco do Brasil. Ele lembra que as requisições de segurança para movimentações móveis extrapolam o próprio aparelho: o usuário precisa comparecer a um terminal de autoatendimento para liberar seu dispositivo, por exemplo.

    Wearables

    O Banco do Brasil está desenvolvendo aplicações bancárias para wearable devices. No último Tela Viva Móvel, em São Paulo, o banco demonstrou em um vídeo um saque feito através do Google Glass em um terminal de autoatendimento sem que o usuário precisasse encostar na máquina. O banco mantém um grupo ativo de pesquisa de novos canais, o mesmo que foi pioneiro, por exemplo, na criação de uma aplicação bancária em TV digital. "Não sabemos quais wearable devices vão se popularizar, mas precisamos estar prontos quando isso acontecer. Somos proativos, não reativos", explica Pereira. Ele compara com o começo do mobile banking, mais de dez anos atrás: "Em 2000, se perguntava se fazia sentido mobile banking, porque era algo ainda experimental na época. Com o passar do tempo, comprovou-se que valia a pena."

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