Para suportar sua estratégia de crescimento no mercado de aplicações em cloud computing, o CEO da Oracle, Mark Hurd, anunciou nesta quarta-feira, 24, no Oracle Open World Latin América, que em agosto pretender inaugurar um novo data na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, que irá atender os clientes da região.
"Esse novo data center no Brasil sinaliza o nosso compromisso de facilitar a adoção da computação em nuvem para as empresas da América Latina, assim elas poderão modernizar os negócios e se tornar líderes em seus respectivos setores de atuação", explicou.
Segundo ele, as empresas precisam adotar soluções disruptivas e ao mesmo tempo reduzir custos. "Do total do PIB mundial, apenas 3% são aplicados em tecnologia da informação, US$ 2.069 trilhões, excluindo telecomunicações. No entanto 82% são aplicados em manutenção e apenas em 18% em inovação."
Por esse motivo, Hurd considera que a adoção de cloud traz várias vantagens para as empresas, a começar pela troca de Capex (investimento de capital) por Opex (gastos operacionais), liberando o orçamento da TI para inovação, além de não precisar gerenciar infraestrutura e sistema de storage.
Mesmo a alegação de muitos usuários de que a nuvem não é segura é rebatida por Hurd. "A Oracle mantém todos os dados dos usuários criptografados, sem perda de performance, pois temos experiência em data management e as aplicações rodam nos sistemas Exadata, que usam tecnologia flash."
"'Se eu recebesse uma ligação de uma autoridade solicitando dados de empresas brasileiras eu diria não. Simplesmente porque os dados criptogrados só podem ser acessados pelo cliente que tem a senha", exemplifica Hurd, acrescentando que 90% dos produtos da Oracle foram para a nuvem.
Na última segunda-feira, Larry Ellison, fundador da empresa, anunciou que 24 produtos do portfólio serão ofertados na nuvem, com preços competitivos, abrindo uma "guerra" com a Amazon Web Services (AWS) por market share no mercado corporativo.