Certifica adquire controle acionário da Bry Tecnologia, faz fusão com Syngular e cria grupo avaliado em R$300 milhões

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A Certifica, empresa especializada na construção de redes para distribuição de certificados digitais, adquiriu o controle acionário da Bry Tecnologia, negócio que desenvolve tecnologia de assinatura, identificação e certificação digital. O movimento acontece simultaneamente à fusão da Certifica com a Syngular, autoridade certificadora fruto de uma joint venture entre Certifica e Bry. As duas operações dão origem ao Grupo Certifica, avaliado em R$300 milhões.

O objetivo da criação do Grupo Certifica é ampliar a participação no mercado de certificação e assinatura digital. A estratégia visa aumentar, já neste ano, 20% o faturamento de 2023, que foi de R$100 milhões. "Com esses movimentos de fusão e aquisição, o grupo consolida sua operação de tecnologia e de vendas e busca se tornar a maior empresa de certificação, identificação e assinatura digital do país", conta Heitor Pires, CEO do Grupo Certifica.

Pires explica que, apesar dos movimentos, as três marcas seguem atuando em mercados distintos, considerando suas expertises. A Bry se mantém como desenvolvedora de tecnologias de identificação e biometria, como assinatura, certificado digital e carimbo do tempo. A Certifica segue como distribuidora de soluções digitais e a Syngular se consolida no mercado como autoridade certificadora de Nível 1 ICP-Brasil.

Com a formação do Grupo Certifica, as empresas somam 410 colaboradores, cerca de 2 milhões de clientes e números expressivos de serviços prestados. Ao todo, são mais de 3 bilhões de assinaturas digitais, 1,5 bilhão de carimbos do tempo, 30 milhões de dados biométricos e mais 8 milhões de certificados digitais. No mercado de certificação, os números representam 19% do volume de emissões no país.

Demandas de mercado impulsionaram a formação do Grupo Certifica

Criada em 2013, a Certifica operava como revendedora de certificados digitais e viu o custo da compra da tecnologia de emissão de certificados aumentar conforme a conquista de novos clientes acontecia. Como alternativa operacional e financeiramente mais estratégica, buscou um parceiro para desenvolver a tecnologia e otimizar os custos com emissão. "Buscamos um parceiro que desenvolvesse a tecnologia porque não era viável em termos de custos e de tempo criar uma área de tecnologia na Certifica", lembra Heitor Pires, CEO da Certifica. A empresa encontrou na Bry Tecnologia a parceira ideal.

No mercado há 23 anos, a Bry desenvolve tecnologia de ponta para identificação digital. A Bry sempre esteve na vanguarda desse mercado no Brasil, com soluções como assinatura e certificação digital, carimbo do tempo e biometria. Mais focada no mercado B2B, a Bry identificou na parceria com a Certifica uma oportunidade de ampliar sua participação no mercado B2C. "O mercado de certificação digital exige, além de tecnologia, expertise de varejo e infraestrutura. A Bry sempre teve domínio da tecnologia, mas faltava experiência em venda via rede de varejo, algo que a Certifica já tinha de sobra", conta Carlos Roberto De Rolt, fundador da empresa.

Da parceria entre Certifica e Bry Tecnologia surgiu a Syngular. O projeto da autoridade certificadora foi iniciado em 2021. Além da joint venture, na época as empresas entenderam que outro movimento importante era ter um comando unificado. Por isso, além de CEO da Certifica, em 2022, Heitor Pires assumiu a cadeira de CEO da Bry e se tornou sócio da empresa.

A Syngular passou a operar como autoridade certificadora em 2023 e, com a sua entrada no mercado, as empresas identificaram similaridades no mercado de atuação da Certifica. "Como a Syngular é uma autoridade certificadora nível 1, acabou competindo com a Certifica. Por isso tomamos a decisão de unificar a operação das duas empresas", conta Pires. Além da fusão, a Certifica decidiu dar mais um passo em direção ao objetivo que originou a aproximação com a Bry: ter o domínio da tecnologia de emissão de certificados. Por isso, investiu no controle acionário da Bry.

Movimentos de fusão e aquisição visam ampliar participação do Grupo Certifica no mercado

Com a aquisição do controle acionário da Bry e a fusão com a Syngular, o Grupo Certifica busca se tornar a principal referência em certificação digital do Brasil. "Agora, além da máquina de vendas que já tínhamos com a Certifica, temos a autoridade da Syngular e o domínio sobre a tecnologia da Bry e isso nos permite continuar evoluindo nossas soluções para que se tornem cada vez mais atraentes ao mercado", explica Pires.

"Este movimento permite aos clientes das empresas do grupo o acesso a tecnologias de identificação digital, biometria, assinatura digital e eletrônica, emissão de certificados digitais, registro de indícios de recebimento e abertura de documentos, protocolo digital e carimbo do tempo. Tudo integrado em suas próprias plataformas, no conceito easy e SaaS, a partir de três robustos datacenters da companhia", complementa o CEO do grupo.

Neste primeiro momento, Heitor Pires se mantém como CEO das empresas e do grupo, mas a ideia é que no futuro ele ocupe o comando do Grupo Certifica e que cada empresa tenha seu CEO. Isso porque as três marcas seguirão no mercado explorando frentes diferentes dentro do mercado de certificação e soluções digitais.

A Syngular vai avançar com sua operação no mercado de identificação e certificação digital ICP-BR. A Certifica vai focar suas operações na distribuição de soluções digitais (próprias ou não), incluindo certificado digital. O movimento é justificado pensando em aproveitar o canal de vendas já consolidado da empresa. Na Bry, a única mudança será no fornecimento da tecnologia completa de certificação, que passará a ser feita exclusivamente para as empresas do Grupo Certifica. Porém, componentes e outras tecnologias seguem sendo comercializados para o mercado B2B, com a mesma equipe e suporte que já são referência da empresa.

Como movimentações futuras, na frente de certificação e soluções digitais, o Grupo Certifica tem a previsão de novas fusões e aquisições nos próximos meses. Os movimentos terão em vista aumentar o tamanho da empresa e a capilaridade no país, bem como consolidar e expandir o novo posicionamento estratégico, a partir dos atuais produtos já consagrados e de novos serviços e produtos inovadores.

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