A era do ?e-business? chegou mesmo para ficar. Ao mesmo tempo em que agrega inúmeros benefícios para as empresas, também traz uma série de desafios. Principalmente para a área de Tecnologia da Informação (TI) pressionada a fazer, cada vez mais com menos.
Nos dias de hoje, é imprescindível para as empresas que buscam pelo sucesso, ter uma área de TI flexível, pronta para crescer na mesma proporção que crescem seus negócios. E tudo com orçamentos muito mais enxutos do que os de anos anteriores.
Em busca da redução do Custo Total de Propriedade (TCO) e da capacidade de adaptação às mudanças rápidas dos dias de hoje, cresce com alta velocidade a procura no mercado pelos servidores Blades. Estes equipamentos somam valores significativos à adequação de empresas ao novo cenário ?e-business?.
Entre eles, um melhor gerenciamento, pela facilidade na instalação e configuração de servidores, maior capacidade de utilização, com recursos como virtualização, e redução da complexidade do parque de TI.
No que tange o Custo Total de Propriedade, a utilização de servidores Blades permite que se compartilhe o uso de força elétrica e sistemas de ventilação, redes de transmissão de dados e ainda recursos de gerenciamento, eliminando a necessidade de duplicação destes recursos o que gera uma grande economia de investimentos na área de TI.
A redução nos custos de operação que, segundo levantamento do Gartner, é responsável por uma economia que representa 46% do TCO das empresas.
Para se ter uma idéia do que isso representa na prática em redução de TCO, o estudo de caso da implementação de servidores Blade na Intel Corporation, apresentou como benefícios, além de uma gestão mais eficiente: o baixo custo de aquisição (de 10% a 20%); baixo custo operacional para a entrega de sistemas e manutenção – identificação de problemas e reparos (3,8% a 10,6%); menor requisição de espaço físico e redução dramática de necessidades de redes e cabeamento (de 8,5% a 25,3%).
Por essas razões, servidores Blades são muito bem-vindos para empresas que requerem flexibilidade e onde os investimentos são críticos. Eles atendem necessidades de negócio que requerem instalação rápida ? local ou remotamente ? e manutenção simplificada.
Isso se aplica, por exemplo, no caso de indústrias que têm grande volume de aplicativos, como os setores financeiros e de comunicação, que demandam alta disponibilidade e uso intenso da capacidade de processamento.
Estudos recentes da IDC apontam também um crescimento na venda de servidores Blade, confirmando que eles têm ocupado cada vez mais espaço no mercado. No Brasil, no primeiro trimestre de 2005, eles representavam 1% das vendas de servidores.
Em 2006, já representam, no mesmo período, 2% do total de vendas. Só para se ter uma idéia, outro levantamento realizado pelo Gartner aponta um crescimento da ordem de 46% no volume de vendas destes servidores, quando compara o último trimestre de 2005 com o primeiro deste ano. Em volume, o mercado de servidores Blades representa hoje 5% de vendas na América Latina, enquanto em 2005, representava 3% no mesmo período.
É fato que com este tipo de recurso tecnológico, estamos diante de um novo cenário que promete trazer grandes avanços e economia para o ambiente de TI. Esta evolução da computação modular evidencia-se como uma nova possibilidade para empresas competitivas que suas precisam ser ágeis e responder rápido às necessidades de negócios.
Com o desenvolvimento de novas tecnologias como as de servidores Blades e recursos de virtualização, a tendência é que a tecnologia amadureça ainda mais e assim aumentem os benefícios para essas companhias, pelo menos no ambiente de TI.
* Marcel Saraiva, gerente de Produto para Plataformas Corporativas da Intel