A Vodafone Portugal defendeu o veto, pelas autoridades portuguesas, à oferta de compra da Portugal Telecom, feita pela Sonaecom, braço de telecomunicações do grupo Sonae, por considerar que a concretização do negócio pode afetar a concorrência no setor.
Em fevereiro, a Sonae lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o capital da Portugal Telecom, que foi considerada hostil pela administração da ex-estatal. A operação está sendo analisada pela Autoridade da Concorrência (AdC), que sugeriu medidas a serem tomadas pela Sonaecom para evitar concentração no setor.
Em comunicado, a Vodafone Portugal afirmou que ?as medidas apresentadas não são adequadas e eficazes para minimizar os riscos de distorção das condições decorrentes da OPA?. A principal preocupação da empresa, que tem sede em Londres e é uma maiores operadoras de celular do mundo, é com a telefonia móvel. Isso porque a Portugal Telecom opera no setor através da TMN, e a Sonaecom, através da Optimus. Juntas as duas operadoras detêm 60% do mercado e, no caso de sucesso da OPA, ambas ficariam nas mãos da Sonaecom.
?A Vodafone Portugal continua considerando que, apesar da eventual aplicação de remédios (medidas), a autorização desta OPA, nos moldes apresentados, comporta um conjunto de riscos que, cumulativamente, se traduzem na criação ou reforço de posições fortemente dominantes em diversos mercados?, conclui o comunicado.