Um pesquisa recente realizada pela WEBTraffic, empresa de tecnologia de marketing online, revela que mais de 80% dos internautas acreditam que é o momento de entender o potencial do Second Life e mais de 10% afirmam que o ambiente virtual ainda é uma promessa de retorno futuro. Segundo o estudo, apesar de a base de usuários crescer, mês a mês, não há, porém, como realizar uma ação realmente interessante e mensurar os resultados com total clareza.
A empresa acredita que com o crescimento da base de usuários do ambiente virtual e a melhoria na qualificação dos mesmos o cenário atual pode mudar. ?Ações eficazes possuem mensuração precisa e completa, por exemplo. Hoje é inviável entender o retorno do investimento (ROI) de um anunciante varejista dentro da plataforma?, diz o gerente comercial da WEBTraffic, Conrado Soares.
Ele lembra que algumas empresas no exterior já deixaram o Second Life após experiências ruins, como, por exemplo, a gigante do varejo American Apparel, além de empresas como Lenovo e HP já terem criticado o vazio desse universo. ?E provavelmente mais empresas sairão muito em breve.?
Para o executivo, o Second Life veio com o intuito de ?chacoalhar? o mercado, porém está longe de atingir as expectativas iniciais dos anunciantes. ?Em função do perfil comercial de nossos clientes, estamos tentando entender algumas questões vitais. Os atuais anunciantes têm que tipo de resultado??, indaga Mirko Mayeroff, diretor de novos negócios da empresa. Ele levanta mais duas questões importantes. ?Que ações nessa área têm surtido efeito? Já é momento de trabalhar ROI no SL? Com isso entendido poderemos indicar o Second Life, uma aposta para um futuro próximo?, afirma.
De acordo com Soares, são diversos os fatores que influenciam a decisão de entrar ou não nesse mundo virtual. ?Logicamente que grandes empresas e varejistas viram no game uma oportunidade única de experiência e interatividade com o usuário. O maior problema é que houve uma rodada de investimento muito grande no início, movimento semelhante ao da bolha da internet, e isso apenas prejudicou o Second Life.?
Soares observa que, depois de algumas ações ineficientes, o mercado agora se pergunta se o Second Life é um bom negócio. ?Isso traz muitas incertezas para as empresas que têm interesse no atual momento. A solução é procurar ações de grande impacto. Aquela ação que marcou época e ficou na memória de todos. Quando alguma agência realizá-la o caminho ficará mais claro para todas as outras. O mercado entenderá melhor o que é o ambiente virtual e como ele reage?, salienta.
De todo modo, Soares, diz que é muito incerto falar sobre a estimativa de vida do game. ?Se houver uma grande adesão de usuários e também um número maior de ações certeiras sem dúvida o teremos por muito tempo. O Orkut é um bom parâmetro para comparação. Todo aquele furor que existia no início passou, mas ele continua no mercado com uma base sólida de usuários, funcionando e evoluindo a cada dia?, finaliza.