Replicação de dados: uma necessidade, não luxo!

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A gestão de dados tem despertado cada vez mais o interesse dos executivos de diferentes campos de atuação, incluindo os de TI. Mesmo considerando países como o Brasil, em que o entendimento da importância do gerenciamento de dados ainda está em fase de amadurecimento, é inegável que as empresas – de todos os tamanhos e segmentos da economia – já consideram os dados elementos crucias em seus planejamentos estratégicos.

Um ponto comum de interesse entre as organizações é a necessidade de compartilhamento e de acesso aos dados integrados de forma agilizada, apoiando os negócios e as decisões envolvidas nas atividades-fim. Pois, a falta de integração provoca perdas de consolidação e concentração das informações, impactando negativamente toda a organização. Com isso, estou vendo o sensível crescimento de sistemas gerenciadores de banco de dados (SGBD) distribuídos, por exemplo.

Instrumentos de SGBD baseiam-se primordialmente em um mecanismo chamado two-phase commit (2PC), que tem como objetivo unir todas as atualizações para todas as localizações participantes de uma atualização. Na prática, ele bloqueia de forma sincronizada todas as partes de uma transação. A integridade dos dados é preservada por meio de diferentes dispositivos, como máquinas e localizações. Um caso que ganhou destaque esse ano e que comprovou a importância destes dispositivos foi a falha de serviço de nuvem da Amazon, que deixou fora do ar inúmeras empresas ao redor do mundo, paralisando por completo o envio e recebimento de dados de seus clientes.

Uma forma de manter a confiabilidade dos dados da organização é a replicação destes, sendo conceitualmente entendido como um conjunto de tecnologias utilizadas para copiar e distribuir objetos e dados de um banco de dados para outro, sincronizando-os com a finalidade de manter a integridade. Em outras palavras, ele pode ser entendido como um sistema de backup que segue o conceito de transações ACID – atômico, consistente, isolado durável. 

As formas mais tradicionais de replicação de dados são a assíncrona e a síncrona. Em um contexto mercadológico, cada forma de replicação atende a uma necessidade específica da organização. No caso da replicação assíncrona, existe um delay antes dos dados serem gravados no storage secundário; é voltado a operações com distâncias mais longas consumindo menos alocação de banda; porém, traz o risco de perda de dados em caso de interrupção do sistema.

No caso das operações de missão crítica, que necessitam de uma consistência exata na aplicação de seu negócio e que não podem sofrer perda de dados, a replicação síncrona é o modelo que mais se aproxima da mensagem ACID. Podemos usar como exemplo, um banco ou fundo de capital de risco. Nessas situações a replicação síncrona é a melhor opção e talvez a única escolha, devido à tecnologia de replicação que permite manter esses dados precisamente sincronizados e consistentes. Se alguma cópia for atualizada, sua replicação será imediatamente aplicada a demais cópias da mesma transação.

Ou seja, não pode haver falhas quando o assunto é a segurança dos dados, principalmente às operações críticas as quais um segundo de perda de dados pode significar prejuízos gigantescos. As tecnologias que mantêm a integridade da informação, mesmo em situações de falhas, incidentes e eventos não-programados, existem e estão facilmente disponíveis. O que precisamos é estar bem-informados e atualizados sobre as evoluções dessas tecnologias e escolher a plataforma adequada à cada perfil de empresa.

Paulo de Godoy,  gerente geral de vendas da Pure Storage no Brasil.

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