Estudo: mobitechs captaram cerca de R$ 2 bi entre 2021 e 2022

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De acordo com o estudo "A evolução das startups no setor de mobilidade", desenvolvido pela Liga Ventures, rede de inovação aberta que conecta empresas e startups gerando negócios e transformando pessoas, em parceria com a PwC Brasil, as mobitechs brasileiras captaram aproximadamente R$ 2 bilhões entre 2021 e 2022. O levantamento foi realizado com o intuito de analisar a inovação nesse mercado, que se transformou significativamente nos últimos anos.

"Diversos acontecimentos globais e regionais têm afetado fortemente a nossa vida, e a mobilidade foi uma das áreas mais impactadas. A pandemia virou o mundo de ponta cabeça e fez com que muitas pessoas repensassem, entre outras coisas, como elas se locomovem. A preocupação crescente em torno da sigla ESG, por exemplo, tem fomentado o uso de veículos não motorizados e elétricos. Recentemente, a guerra na Ucrânia reforçou a discussão energética, que esquentou o debate sobre veículos elétricos no Brasil e em outros países. Esses e outros motivos fizeram com que os últimos meses tenham sido bastante agitados no ecossistema brasileiro de startups, com muitos investimentos em mobitechs", analisa Telmo Teramoto, Startup Hunter e Especialista em Mobilidade da Liga Ventures.

Evolução geral do mapa

O estudo foi realizado por meio da Startup Scanner, maior e mais oxigenada base de startups no país, com 131 startups de 10 categorias, como serviços de apoio, parking, acessibilidade, inteligência de dados, mobilidade elétrica, entre outros.

Os dados coletados apontam que 35,9% das startups ativas no mapa de Mobitechs foram fundadas entre 2017 e 2019 na região sudeste, sendo Mobilidade Elétrica a categoria com mais startups ativas (23,6%), seguida por Inteligência de Dados (11,4%) e Mobilidade Corporativa e Serviços de Apoio, ambas compondo 10,7%, respectivamente.

Quando analisamos a distribuição de startups ativas por estado, é possível notar que São Paulo conta com o maior número de mobitechs, com 51,5%, seguido por Santa Catarina (10%), Rio de Janeiro (7,7%) e Minas Gerais (6,9%).

Entre maio de 2021 e maio de 2022, 22% das startups de mobilidade faliram. "Com as mudanças ocorridas no mercado ao longo do tempo e principalmente no último ano, é natural que alguns negócios não deem certo. Mas, pelo que temos acompanhado, há ainda muito espaço para a criação de novas soluções que transformem a forma como enxergamos esse setor", observa Guilherme Massa, co-fundador da Liga Ventures.

Crescimento nos times

Durante o período de análise, as startups mapeadas tiveram um crescimento médio de 44% nos seus times, resultando em aproximadamente 1670 empregos gerados. Esse valor foi impulsionado principalmente pelas startups na categoria e-sharing, que gerou cerca de 33% desses empregos. Outro destaque é o aumento de 50% no número de funcionários em cerca de 27% das companhias analisadas.

Investimentos captados

O intenso movimento nesse mercado foi impulsionado pelo investimento captado pela Buser e pela Kovi. Do montante total captado pelas startups, 46,6% foi direcionado para a categoria de E-sharing, enquanto 34,7% foi destinado para a categoria de Coletivos.

 

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