Embora a espionagem corporativa e os vazamentos acidentais de dados representam uma grave ameaça a qualquer empresa, muitas ainda relutam em proteger informações críticas com um software de segurança. A constatação é de pesquisa do Kaspersky Lab — laboratório avançado de pesquisas de malware da empresa russa de mesmo nome, que atua na área de segurança digital —, feita em associação com a B2B International, a qual mostra que um número significativo de empresas não presta atenção suficiente às práticas corporativas de segurança da informação.
O levantamento, realizado em novembro de 2012, envolveu mais de 5 mil gerentes sênior de TI em todo o mundo. Especificamente, foi mostrado que 35% das empresas expõem dados corporativos ao acesso não autorizado por não usar tecnologias de criptografia.
De acordo com os dados da B2B International, a criptografia em nível de arquivos e pastas (FLE, na sigla em inglês), capaz de proteger de forma confiável arquivos e pastas críticas para os negócios, e a criptografia do disco completo (FDE), que oculta o conteúdo de todo o disco rígido, inclusive arquivos temporários, dos olhares curiosos, são usados por cerca de metade de todas as empresas do mundo. Para essas organizações, qualquer informação que caia nas mãos de criminosos virtuais exigirá tempo e poder de computação consideráveis, muitas vezes proibitivos, para ser descriptografada.
No entanto, apesar dessas vantagens óbvias, 34% das empresas não usam a FLE e 17% não planeja utilizar no futuro. Os números referentes à FDE são semelhantes: 36% e 18%, respectivamente. Essa abordagem coloca em risco a integridade das informações corporativas, incluindo dados confidenciais, com consequências potencialmente graves ou mesmo fatais para a empresa.