O Gartner alerta que os CIOs (Chief Information Officers) que estão promovendo inovação e a estratégia digitais em empresas do segmento de serviços financeiros deveriam reforçar suas ações para trabalharem de forma alinhada com as prioridades de negócios em suas companhias. De acordo com os analistas do Gartner, somente assim será possível garantir respostas adequadas e uma recuperação coordenada e efetiva aos desafios impostos pela pandemia de COVID-19. Automação e tecnologias para sustentar e melhorar o trabalho remoto são duas áreas de investimento que ajudarão organizações do setor a alcançarem seus objetivos e resultados no futuro.
"Os CIOs de empresas de serviços financeiros agiram rapidamente para responder ao impacto imediato da pandemia de COVID-19, atendendo às necessidades emergenciais de suas equipes quando tiveram que se mudar para o trabalho remoto, incluindo funcionários considerados 'essenciais' que precisaram equipamentos e espaços adequados", diz Nicole Sturgill, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. "Agora, para reiniciar com sucesso as ações e emergir desta crise, é fundamental que esses CIOs alinhem as próximas etapas com a estratégia de liderança executiva de negócios".
Líderes de negócios dizem que a infraestrutura de tecnologia era uma fraqueza quando o COVID-19 chegou; os CIOs discordam – A pesquisa Gartner Financial Services COVID-19 Pulse 2020 (conduzida de forma on-line de 8 a 24 de abril de 2020, entrevistando líderes de negócios e de TI do setor financeiro), perguntou aos líderes de negócios e CIOs da área de serviços financeiros o que eles consideravam como pontos fortes e fracos de suas operações durante os processos de resposta à crise. Mais da metade dos executivos indicou que a infraestrutura de tecnologia era um ponto fraco. Por outro lado, apenas 20% dos CIOs de serviços financeiros indicaram a infraestrutura era realmente um problema.
"Essa desconexão será um desafio contínuo e talvez seja até crescente se não for bem tratada", avalia a analista do Gartner. "Os CIOs devem agir imediatamente para entender o que leva os líderes de negócios a indicarem que a tecnologia era um ponto fraco. Suas respostas podem fornecer pistas sobre quais novos investimentos em tecnologia precisam ser priorizados".
Segundo a pesquisa, 65% dos diretores de TI das empresas de serviços financeiros pesquisadas planejam aumentar os gastos com tecnologias de infraestrutura, como APIs, microsserviços e Nuvem no próximo ano. O levantamento mostra que mais da metade planeja investir em automação, com aplicações que reduzam a necessidade de processos de alto contato e contribuam para a otimização dos custos. "Tanto os líderes de negócios quanto os CIOs demonstram um interesse comum em tecnologias de automação. Então, está claro que essa área será uma prioridade para as organizações de serviços financeiros pós-COVID-19", diz o analista Sturgill.
No curto prazo, o Gartner recomenda que os CIOs criem um mapa de prioridades que indique, de forma clara, um paralelo entre os objetivos de negócios e as metas de TI, elencando como essas tecnologias ajudarão a atingir cada objetivo. Para longo prazo, os líderes da área de TI de empresas do mercado financeiro podem prevenir proativamente possíveis lacunas, envolvendo parceiros de negócios em sessões de priorização e articulando claramente quais investimentos os tornarão mais resilientes como organização.
"Consertar o que está quebrado sempre será uma prioridade de curto prazo para os CIOs, mas planejar com antecedência, embora seja mais difícil em tempos de incerteza, é fundamental para garantir o sucesso futuro das organizações. Os CIOs devem criar uma estrutura para reunir os imperativos de negócios regularmente, tanto por meio de conversas diretas com líderes de negócios e partes interessadas da linha de negócios, quanto por meio de sessões de planejamento e documentos coordenados", diz Sturgill.