NIC.br se torna distribuidor oficial de blocos Ipv6 no Brasil

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O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), entidade civil sem fins lucrativos criada para implementar as decisões e os projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br, anunciou nesta terça-feira (24/10) a assinatura de um acordo com o Registro de Endereçamento de Internet para a América Latina e Caribe (LACNIC) para a distribuição do protocolo IPv6 no Brasil.

Com a parceria a entidade terá autonomia no fornecimento do IPv6 no país, como já acontece com IPv4 desde 1994, e não será mais necessário aos interessados brasileiros pedir esses endereços ao LACNIC, que é um dos cinco Regional Internet Registries (RIRs) do mundo. ?Uma das vantagens da parceria é que ficou mais curto o caminho para a aquisição de um endereço IP ou de um Autonomous System Number (ASN), já que todo o processo será realizado em território virtual brasileiro?, diz Frederico Neves, diretor de serviços e tecnologia do NIC.br. No Brasil existem mais de 300 proprietários de ASNs, entre os quais as empresas de telecomunicações e muitos dos provedores de acesso e conteúdo.

Em paralelo, o NIC.br anunciou um série de outras iniciativas. Uma delas é o lançamento da versão 3.1 da Cartilha de Segurança para Internet em formato de livro, documento produzido pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br).

A Cartilha de Segurança para Internet é composta por recomendações e dicas sobre como o usuário deve se comportar para se proteger de possíveis ameaças na rede. ?Esperamos que este documento ajude as pessoas não só a compreender os perigos existentes neste tipo de ambiente, mas também a ajudar a manter o sistema mais seguro. É preciso lembrar que é muito importante ficar sempre atento ao usar a internet, pois somente aliando medidas técnicas a boas práticas, é possível atingir um nível de segurança que permita seu pleno uso?, explica Cristine Hoepers, Analista de Segurança do CERT.br.

Além disso, o NIC.br firmou parceria com o Observatório Nacional (ON) para o fornecimento de serviço da hora legal brasileira nos computadores do país. O objetivo do acordo é que todos os usuários acessem e usem uma hora padrão, com a finalidade de realizar um alinhamento entre os relógios dos computadores que estejam conectados à internet. O horário será baseado no meridiano de Greenwich e estará disponível por meio do Network Time Protocol (NTP), protocolo que prevê a obtenção, junto ao Observatório Nacional, da hora padrão do Brasil. Para obter o serviço, o usuário precisará baixar um aplicativo no site www.ntp.br. Qualquer pessoa poderá ter a ferramenta, que será disponibilizada assim que chegarem os equipamentos necessários, o que deve ocorrer até o final do ano. Um dos benefícios é o fato de se adotar uma única referência de tempo para todos os estados, independentemente do fuso horário.

A entidade também está comemorando a marca de 1 milhão de domínios ?.br? registrados, que são geridos e armazenados pelo Registro Brasileiro (Registro.br), sob a coordenação do NIC.br. No Brasil, de acordo com o CGI.br, o crescimento do registro de domínios no último 12 meses foi de quase 20%. ?Hoje temos uma base de cerca de 800 mil clientes e o Brasil tem uma grande capacidade de crescer nessa área, já que muitos usuários da internet ainda não têm conhecimento dos procedimentos para se registrar um domínio?, afirma Neves.

O Brasil, também é um dos países que apresenta uma das melhores proporções entre registros nacionais (.br) e registros genéricos (.com, .net, .org). ?Praticamente 90% de todos os domínios registrados por brasileiros, o são sob o .br. Em muitos países o domínio nacional perde para os genéricos (.com, .net, .org)?, diz Neves.

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