Durante o seminário ?As Oportunidades do e-commerce no Brasil e na América Latina?, realizado em parceria com a AmericaEconomia Intelligence, será apresentado um estudo sobre a situação e as tendências do comércio eletrônico na região. O material revela que, em 2005, as vendas on-line superaram os US$ 4,3 bilhões na América Latina, além de destacar o crescimento no Brasil (50%), México (104%), Chile (100%) e Venezuela (185%).
As estimativas para os próximos anos apontam que esse crescimento continuará constante. Números da Visa International demonstram que o comércio eletrônico crescerá regionalmente a índices anuais superiores a 40% entre 2006 e 2010. ?Os pagamentos eletrônicos desempenham um papel fundamental dentro do e-commerce, já que 90% das transações on-line são realizadas com cartões de crédito?, observa Alejandro Estrada, vice-presidente de tecnologias emergentes da Visa International, ao dizer que 55% das transações pela empresa são realizadas por esse canal de vendas.
O Brasil é um dos mercados de maior dinamismo nesse segmento com taxas de crescimento superiores a 50% desde 2004 e, em 2005, representou 43% de todas as transações de comércio eletrônico B2C da América Latina. Entre os principais fatores do alto nível de desenvolvimento do e-commerce no país estão a alta taxa de penetração de cartões de crédito; a massificação da banda larga, e os sites de lojas, cujas marcas são muito reconhecidas pelo consumidor no varejo tradicional.
Ao contrário do que acontece em outros países da América Latina, 87% das compras on-line realizadas no Brasil são efetuadas em sites locais e não em estrangeiros. Atualmente no país, grande parte do comércio virtual é movimentado por poucos players. As categorias que se destacam são viagens (50%) e lojas de departamento (25%). ?Os setores que apresentam mais condições de continuar crescendo na região são os de tecnologia, turismo e entretenimento. Da mesma forma, o setor governamental conta com um grande potencial para oferecer produtos e serviços através da rede?, afirma Nils Strandberg, presidente da AmericaEconomia.
Segundo o estudo, os fatores que impulsionam o crescimento no comércio eletrônico na América Latina são:
. Consumidores jovens ? Os jovens entre 20 e 30 anos possuem uma mentalidade mais aberta e de mais confiança no momento das compras on-line. Além disso, possuem um considerável poder de aquisitivo e representam um dos segmentos de maior potencial de crescimento.
. Massificação da Banda Larga ? Os custos de conexões de banda larga estão diminuindo significativamente, permitindo acesso a mais usuários. A América Latina foi a terceira região de maior crescimento em conexões de banda larga em 2005, com 8,2 milhões, com a Argentina, o Brasil e o México liderando o número de conexões. Considerando que 80% dos consumidores da internet são usuários de banda larga, isso implica em um fator importante para o crescimento do comércio eletrônico.
. Formas de Pagamento ? O constante aumento da penetração dos cartões de pagamento é um fator importante, já que possibilitam que os usuários realizem compras on-line. Os cartões são o meio de pagamento preferido da região na internet, concentrando 90% das transações.
. Maior Oferta ? Um dos fatores que impedem que o comércio eletrônico cresça de forma mais acelerada é a alta concentração da atividade em poucos players. Isso indica a preferência por marcar conhecidas neste canal de vendas, mas cada vez mais, a entrada de pequenas e médias empresas está oferecendo uma maior variedade à oferta. Além disso, o estudo revela que grandes estabelecimentos ainda não começaram a operar na rede.
. Percepção de Segurança no Canal ? Apesar do temor de alguns usuários, os baixos índices de fraude em países como o México e o Brasil contribuíram para que mais de um terço dos usuários de internet tenham um bom nível de confiança para realizar transações on-line. A Visa International promove o programa de autenticação ?Verified by Visa?, que permite que os bancos emissores autentiquem os portadores de cartão, utilizando uma senha pessoal no momento da compra em comércios participantes.
Baseada nesses quatro fatores de crescimento, a Visa estima que no futuro cerca de um quarto de todas as transações serão provenientes desse canal de venda.